terça-feira, 5 de julho de 2016
BREXIT - Saiu, e agora?
Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Polônia, Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Romênia e Suécia.
Histórico
A União Europeia surgiu a partir da CECA - Comunidade Europeia do Carvão e do Aço e CEE - Comunidade Econômica Europeia, criadas na década de 1950.
Tratado de Maastricht (1992) – instituiu a UE, sendo que Bruxelas sua Capital.
Livre circulação de pessoas, produtos, serviços e capitais.
Pontos de ação conjunta:
Sociedade e economia: crescimento do bloco nos aspectos agrícolas, do meio ambiente, da saúde, da educação, da energia, etc;
Bem comum: política externa e segurança;
Cooperação policial e judiciária em matéria penal.
2009 – Tratado de Lisboa - Abandono de uma Constituição Europeia, consolidação do Banco Central Europeu e do Tribunal da União Europeia
Por que a Inglaterra não aderiu ao EURO?
O euro não era tão vantajoso, pois o maior parceiro da Inglaterra são os EUA, que usam o dólar.
O Banco da Inglaterra manteve a autonomia para intervenções na taxa de juros ou desvalorizações da moeda e para regular a economia.
Os ingleses não queriam perder um de seus mais importantes símbolos de identidade cultural e de soberania: a libra.
Por que sair?
1 - Muitos ingleses não viram vantagens e benefícios econômicos na permanência na UE;
2 - Liberação de recursos para a saúde;
3 - A permanência na UE dificultaria o controle da entrada de imigrantes – impacto negativo na cultura britânica e espaço para o aumento do terrorismo na Inglaterra.
4 - O primeiro ministro não foi capaz de conquistar eleitores – está em processo de perda de popularidade;
5 - O Partido Trabalhista não se empenhou na campanha pró UE;
6 - O eleitorado mais velho e conservador votou em massa pela saída;
7 - Precário relacionamento entre os ingleses e a UE – dificuldade de efetiva integração.
Plebiscito: 23 de junho de 2016
48,15 - ficar; 51,9% - sair.
E agora, Brasil?
Londres é um eixo importantíssimo de acesso ao mercado europeu, tanto que empresas que querem se estabelecer na UE sempre pensam em abrir seu escritório lá. Sem essa facilidade, o Reino Unido perde esse apelo.
O acordo de livre comércio Mercosul-União Europeia tem no Reino Unido um apoio importante. A União Europeia é o principal parceiro comercial brasileiro, mais importante até do que China e Estados Unidos.
A saída gera uma incerteza muito grande e levanta dúvidas sobre o projeto europeu, sobretudo para os países que têm relação econômica forte com a UE. Nenhum acordo de livre comércio entre Inglaterra e Mercosul poderia compensar por essa incerteza, por isso o impacto de uma possível saída seria tão negativo.
Um fator positivo para o Brasil é a possibilidade de aumentar seu poder de barganha. Em vez de negociar com um bloco, o país deve estabelecer uma relação direta com o Reino Unido.
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