sexta-feira, 23 de abril de 2010

Os paradigmas da educação e a descarga

Os paradigmas da educação e a descarga



Existem certos paradigmas explicitados por meio de frases e conceitos que são desastrosos para a educação. Quando definimos e conceituamos algo de forma dogmática, por tabela, limitamos aquilo que foi definido. Retiramos do alvo da definição a liberdade de ser outra coisa. Algumas frases que observamos ao longo de nosso trabalho – em escolas públicas ou privadas - são prova desses paradigmas.
No meio escolar, é comum afirmar-se, já no início do ano letivo, que: “Tal classe é muito ruim”. Os professores, de pronto, passam a considerar que os alunos daquela classe não são bons. E excluem a possibilidade daquela classe ser boa. Pra que gastar sal com carne podre?
Ao embarcar no (pré) conceito de que uma classe é ruim, o professor retira de sua ação pedagógica a possibilidade de interferência positiva para o ensino- aprendizagem e, naturalmente, compromete seu trabalho. O docente olha para os alunos – ruins – como um monte de gente sem valor. Não se trata do Rodrigo, da Bruna, do Pedro, da Letícia ou de alguém com nome e cara. Trata-se, de imediato, de uma classe como uma coisa uniforme e ... ruim. Os nomes no diário de classe são apenas um detalhe. Repeti a palavra ruim várias vezes de propósito.
Outra frase – comum nas escolas - é uma das maiores pérolas da educação: O professor Fulano dá aulas para quem sabe a matéria. Eu sempre achei que o professor era necessário para quem não sabe e precisa saber alguma coisa. Essa é a grande questão da educação. O magistério existe para isso – ensinar a quem não sabe. O desafio é e sempre foi esse. A transferência do saber e a conseqüente mudança de comportamento e de atitude diante da vida são feitas a partir da educação. Agora, quando o indivíduo já sabe, pra que professor? A incompetência começa por aí e termina em enorme desastre na educação. Infelizmente, muitos consideram a frase como um elogio ao professor – que dá aulas para quem sabe, quando, na verdade, é uma baita crítica.
A escola privada é melhor que a escola pública! Quanta bobagem. A sociedade precisa parar de fazer essa comparação boba. Existe Escola boa e Escola que não é boa. Os pais e a comunidade escolar devem possuir meios para aferir se a Escola de seus filhos é boa. Observem o ENEM, por exemplo. Existem Escolas ótimas, privadas e públicas.

_ “Prefiro pecar pelo excesso a pecar pela omissão”. Ouvi essa afirmativa de um professor que justificava o volume excessivo de conteúdo dado para os alunos de certa classe. Matutei com minha cabeça sobre essa frase de um ‘pecador’. Ora, o excesso é tão pernicioso quanto a falta. A diferença entre o remédio e o veneno não é a dose? Quando comecei a trabalhar no magistério, achava que meus alunos deveriam ser apaixonados pela História como eu sou. Na minha ingenuidade, eu acreditava que meus alunos completariam o curso – Ensino Médio – como “Historiadores”. A experiência me mostrou que não é bem assim. O ensino da História deveria ser uma ferramenta para o aluno crescer como individuo e não uma imposição tirânica de um professor que prefere errar pelo excesso. Finalmente aprendi que eu poderia contribuir para que meu aluno pudesse compreender um pouco melhor sua própria história, sem ser apaixonado pela História.

Certa feita, um aluno de classe média me perguntou o porquê do estudo sobre o marxismo, já que ele e seus colegas não eram proletários e, portanto, não necessitavam daquele aprendizado que, a princípio, cheirava a proselitismo. Gostei da pergunta e percebi, diante da rejeição ideológica do aluno, que ele havia compreendido o tema. Ao dizer que não fazia parte do proletariado, o aluno assumiu consciência de sua posição social e percebeu a questão da luta de classes tratada por Marx. De uma forma curiosa, o aluno entendeu o marxismo e a sua reação mostrou seu posicionamento na sociedade e no contexto no qual vivia. Isso é educação. O que meu aluno fez com o marxismo eu não sei. Mas sei que ele compreendeu a lição e torço para que ele pense um pouco mais no outro, proletário ou não.

Mudando radicalmente de assunto, os ambientalistas que me perdoem, mas continuarei dando descarga em minha privada. Digo isso porque li há pouco que uma personalidade defensora da natureza e radical na preservação do meio ambiente, afirmava que na sua casa, todos estavam proibidos de acionar a descarga quando fossem urinar. Se for “amarelo”, dizia o distinto, nada de descarga.
Sou do tempo em que a descarga era acionada imediatamente após o uso da privada, sendo o dejeto amarelo, marrom, verde ou de qualquer cor. Não tenho paciência com radicalismos de qualquer espécie, mas nesse ponto, sou radical. Creio que há água suficiente para a descarga. Posso diminuir o tempo no banho, evitar lavar o carro. Mas sou irredutível quanto à descarga. A descarga é sagrada, como as vacas na Índia. Dou descarga e ponto final.
Aciono a descarga, principalmente, quando vejo, flutuando na água da privada, as expressões:
“Dar aula para quem sabe” - “Prefiro pecar pelo excesso a pecar pela omissão” - “Tal classe é muito ruim” – Escola privada é melhor do que Escola Pública.

Newton Luiz de Miranda

Gabarito 2º simulado especial - 2010

1 - e 2 - a 3 - e 4 - (06) 5 - d 6 - c 7 - b 8 - d 9 - b 10 - a 11 - b 12 - c 13 - c 14 - c 15 - d 16 - e 17 - b 18 - a 19 - c 20 - a

Gasbarito 1º simulado especial - 2010

1 - c 2 - b 3 - c 4 - b 5 - a 6 - d 7 - b 8 - a 9 - d 10 - a 11 - a 12 - b 13 - d 14 - b 15 - a 16 - c

terça-feira, 20 de abril de 2010

2° Simulado especial - abril 2010 -

SIMULADO ESPECIAL –
HISTÓRIA
PROF. NEWTON MIRANDA

01 - As razões do pioneirismo português na Expansão Marítima dos séculos XV e XVI foram:
a) a invasão da Península Ibérica pelos árabes e a conquista de Calicute pelos turcos.
b) a assinatura do Tratado de Tordesilhas por Portugal e pelos demais países europeus.
c) um Estado Liberal centralizado, voltado para a acumulação de novos mercados consumidores.
d) As guerras religiosas, a descentralização política do Estado e o fortalecimento dos laços servis.
e) uma monarquia centralizada e interessada no comércio de especiarias.

02 - Sobre o Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, pode-se afirmar que objetivava:
a) demarcar os direitos de exploração dos países ibéricos, tendo como elemento propulsor o desenvolvimento da expansão comercial marítima.
b) estimular a consolidação do reino português, por meio da exploração das especiarias africanas e da formação do exército nacional.
c) impor a reserva de mercado metropolitano, por meio da criação de um sistema de monopólios que atingia todas as riquezas coloniais.
d) reconhecer a transferência do eixo do comércio mundial do Mediterrâneo para o Atlântico, depois das expedições de Vasco da Gama às Índias.
e) reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre a exploração colonial, após a destruição da Invencível Armada de Felipe II, da Espanha.

03 - Com relação aos indígenas brasileiros, pode-se afirmar que:
a) os primitivos habitantes do Brasil viviam na etapa paleolítica do desenvolvimento humano;
b) os índios brasileiros não aceitaram trabalhar para os colonizadores portugueses na agricultura não por preguiça, e sim porque não conheciam a agricultura;
c) os índios brasileiros falavam todos a chamada "língua geral" tupi-guarani;
d) os tupis do litoral não precisavam conhecer a agricultura porque tinham pesca abundante e muitos frutos do mar de conchas, que formaram os "sambaquis";
e) os índios brasileiros, como um todo, não tinham homogeneidade nas suas variadas culturas e nações.

04 - "Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com arvoredos que nos parecia muito longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro, nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados, como os dentre Douro e Minho, porque neste tempo de agora assim os achávamos como os de lá. As águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem das águas que tem. Porém, o melhor fruto, que dela se pode tirar, me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar (...)."
( Pero Vaz de Caminha. Carta a el-rei D. Manuel -1º de maio de 1500).

As informações do texto apresentado permitem afirmar que

01. as terras avistadas despertaram o entusiasmo do cronista pela extensão e pelas possibilidades que ofereciam da existência de metais preciosos.
02. as referências ao clima, às águas, ao solo, à natureza e as possibilidades de evangelização confirmam a certeza do cronista que as terras eram habitadas.
04. a possibilidade de os nativos serem salvos apresentava-se para o cronista como o principal investimento para os portugueses.
08. aos olhos do cronista de Cabral, as terras vislumbradas da caravela ofereciam possibilidades promissoras ligadas à agricultura, à pecuária e à mineração.
16. as atitudes amistosas dos nativos da América para com os portugueses, a inocência de sua nudez e o meio ambiente descrito pelo cronista confirmavam a localização do paraíso terrestre.

Soma das afirmativas corretas ( )

05 - Nos primeiros anos do século XVI, os portugueses enfrentaram grande concorrência por parte de outras potências européias para a posse definitiva do território descoberto por Cabral. Sobre a presença de europeus não-portugueses no Brasil na primeira metade do século XVI, é correto afirmar:
a) os ingleses por várias vezes tentaram estabelecer colônias nas terras brasileiras, chegando mesmo a criar uma "zona livre", sob controle dos piratas.
b) espanhóis e holandeses trouxeram para a América as suas desavenças e conflitos, ocasionando a invasão do Recife no século XVI.
c) apesar da chegada ocasional de navios estrangeiros, jamais houve uma tentativa organizada ou intenção deliberada de questionar a soberania portuguesa sobre as novas terras.
d) os franceses, por não aceitarem o Tratado de Tordesilhas, eram os invasores mais freqüentes, chegando a estabelecerem-se no Rio de Janeiro na segunda metade do século XVI.

06 - E então, por cerca de trinta anos, aquele vasto território seria virtualmente abandonado pela Coroa portuguesa, sendo arrendado para a iniciativa privada e se tornando uma imensa fazenda extrativista de pau-brasil. Iriam se iniciar, então, as três décadas menos documentadas e mais desconhecidas da História do Brasil.
(Náufragos, Traficantes e Degredados- As Primeiras Expedições do Brasil)

Assinale o período histórico analisado pelo texto acima e suas características.
a) Período Colonial, caracterizado pela monocultura e economia exportadora de cana-de-açúcar.
b) Economia mineradora, marcada pelo povoamento da área mineira e intensa vida urbana.
c) Período Pré-Colonial, fase de feitorias, economia extrativista, utilização do escambo com os nativos, ausência de colonização sistemática.
d) Fase da economia cafeeira, com acumulação interna de capitais e sem grandes mudanças na estrutura de produção.
e) Período Joanino, de grande abertura comercial e profundas transformações culturais.

07 - Responder à questão sobre o período pré-colonial brasileiro, com base no texto a seguir:

"... Da primeira vez que viestes aqui, vós o fizestes somente para traficar. (...) Não recusáveis tomar nossas filhas e nós nos julgávamos felizes quando elas tinham filhos. Nessa época, não faláveis em aqui vos fixar. Apenas vos contentáveis com visitar-nos uma vez por ano, permanecendo, entre nós, somente durante quatro ou cinco luas [meses]. Regressáveis então ao vosso país, levando os nossos gêneros para trocá-los com aquilo que carecíamos."
(MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a conquista lusitana e o genocídio tupinambá". São Paulo: Moderna, 1993, p.86)

O texto anterior faz alusão ao comércio que marcou o período pré-colonial brasileiro conhecido por
a) estanco
b) escambo.
c) feitoria
d) finta

08 - A respeito da questão de fronteiras no período colonial brasileiro, assinale a alternativa incorreta.

a – O Tratado de Madrid, feito em 1750, foi baseado no princípio do uti possidetis, ou seja, reconheceu as possessões efetivamente ocupadas para definir os territórios de Portugal e Espanha.
b – A região dos Sete Povos das Missões foi entregue a Portugal, enquanto a Espanha ficou com a colônia de Sacramento.
c – A pecuária, o bandeirismo, a extração de drogas do sertão e a mineração contribuíram para o alargamento das fronteiras do Brasil.
d – A anexação do Acre ao Brasil foi litigiosa, uma vez que a Espanha temia que a região fosse utilizada para contrabando de metais.

09 - "Não eram os norte-americanos que serviam de exemplo a (...) e aos seus companheiros. Eram os "sans culottes". A 12 de agosto de 1798, apareceram por toda a cidade manifestos manuscritos. Dirigidos 'ao povo republicano' em nome do 'supremo tribunal da democracia' apelavam ao extermínio do 'detestável jugo metropolitano de Portugal."
(Kenneth Maxwell e Maria Beatriz N. da Silva, O IMPÉRIO LUSO- BRASILEIRO - 1750-1822.)

O texto acima

a – refere-se à Inconfidência Mineira e aos propósitos dos conspiradores que, influenciados pela Revolução Americana, pretendiam a emancipação das Minas Geais.
b – trata da Conjuração Baiana, fortemente inspirada pela fase jacobina da Revolução Francesa de 1789 e marcada por propostas de reformas sociais.
c – refere-se à Inconfidência Baiana e ao projeto republicano que, inspirado na Revolução Francesa, pretendia estender a rebelião a toda a Colônia.
d – trata da Inconfidência ou Conjuração Carioca, conspiração da elite do Rio de Janeiro que pretendia a adoção da república sob influência da Revolução Francesa.

10 - Comentando a Guerra dos Emboabas (1709), o historiador Antônio Sérgio escreveu:

"Cedo no Brasil se buscaram as minas. Para isso se organizavam expedições que se internavam pelo sertão. Enfim, a descoberta fez-se e a notícia atraiu muita gente. Os habitantes de São Paulo consideravam como inimigos todos os que pretendiam, como eles, enriquecer com o ouro".
(adaptado de Antônio Sérgio, BREVE INTERPRETAÇÃO DA HISTÓRIA DE PORTUGAL)

Acerca do resultado do conflito denominado de Guerra dos Emboabas, é correto afirmar que:

a – Os emboabas eram os forasteiros que, chegando às, disputavam a região com os paulistas, que se consideravam donos da área mineradora.
b – Após a derrota dos emboabas, muitos paulistas foram para o interior, onde descobriram ouro em Mato Grosso e Goiás.
c – Os temores metropolitanos relacionados a novos levantes na região, impediram que ocorressem expedições para o sertão brasileiro.
d – Atendendo às reclamações da população local, a Coroa aboliu o sistema de cobrança do quinto do ouro sob a forma de bateia.

11 - A execução de Tiradentes teve um sentido bem mais amplo que o de um enforcamento. Tratava-se de uma punição exemplar: esquartejar, exibir o corpo nos locais onde os "crimes" foram praticados, salgar terrenos e demolir casas faziam parte do esforço de apagar a memória do "criminoso" e reavivar a memória da punição de seus crimes. Por estas práticas, afirmava-se o poder do soberano e incutia-se temor em seus súditos.
(Adaptado da série REGISTROS, n¡. 15, DPH, 1992)

Analise as afirmativas.

I – A Inconfidência Mineira pretendia iniciar o levante contra a Coroa no dia da Derrama, a fim de contar com a revolta popular diante de um tributo detestável.

II – O Iluminismo e a Revolução Americana exerceram forte influência no ideal de governo pretendido pelos inconfidentes mineiros.

III – A conspiração mineira possuía, entre seus membros, elementos das camadas mais importantes da sociedade e contou, inclusive, com o apoio do Visconde de Barbacena.

Estão corretas.

a – I, II e III
b – I e II
c – II e III
d – I e III

12 - As contradições, amplas e profundas, do processo histórico das Minas Gerais, acabaram gerando relações que podem ser entendidas através dos antagonismos: colonizador/colonizado; dominador/dominado; confidente/inconfidente; opressão fiscal/reação libertadora. Nesse contexto, a Coroa Portuguesa, em seu próprio benefício, desenvolveu uma ação "educativa" compreendendo:
a) o estabelecimento de condições adequadas ao controle democrático da máquina administrativa.
b) a realização de programas intensivos de prevenção dos súditos contra os abusos das autoridades.
c) o indulto por dívida fiscal e o estímulo à traição e à delação entre os súditos.
d) o arquivamento do inquérito e queima dos autos contra os inconfidentes.
e) a promulgação de um novo regime fiscal que acabava com a prática da sonegação.

13 - O bandeirismo foi uma atividade paulista do século XVI e XVII. Suas expedições podem ser divididas em dois grandes ciclos:
a) O dos capitães do mato e de prospecção.
b) O de expansão das fronteiras e de prospecção.
c) Da caça ao índio e o de busca do ouro.
d) O dos capitães do mato e de caça ao índio.
e) O de expansão das fronteiras e o de busca do ouro.

14 - A produção de açúcar, no Brasil colonial:
a) possibilitou o povoamento e a ocupação de todo o território nacional, enriquecendo grande parte da população.
b) praticada por grandes, médios e pequenos lavradores, permitiu a formação de uma sólida classe média rural.
c) consolidou no Nordeste uma economia baseada no latifundiário monocultor e escravocrata que atendia aos interesses do sistema português.
d) desde o início garantiu o enriquecimento da região Sul do país e foi a base econômica de sua hegemonia na República.
e) não exigindo muitos braços, desencorajou a importação de escravos, liberando capitais para atividades mais lucrativas.

15 - A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil foi progressivamente abandonada e substituída pela africana entre outros motivos, devido:
a) ao constante empenho do papado na defesa dos índios contra os colonos.
b) à bem-sucedida campanha dos jesuítas em favor dos índios.
c) à completa incapacidade dos índios para o trabalho.
d) aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capitais particulares e à Coroa.
e) ao desejo manifestado pelos negros de emigrarem para o Brasil em busca de trabalho.

16 - No século XVIII a produção do ouro provocou muitas transformações na colônia. Entre elas podemos destacar:
a) a urbanização da Amazônia, o início da produção do tabaco, a introdução do trabalho livre com os imigrantes.
b) a introdução do tráfico africano, a integração do índio, a desarticulação das relações com a Inglaterra.
c) a industrialização de São Paulo, a produção de café no Vale do Paraíba, a expansão da criação de ovinos em Minas Gerais.
d) a preservação da população indígena, a decadência da produção algodoeira, a introdução de operários europeus.
e) o aumento da produção de alimentos, a integração de novas áreas por meio da pecuária e do comércio, a mudança do eixo econômico para o Sul.

17 - No quadro das revoltas ocorridas em Minas Gerais na primeira metade do século XVIII - entre 1707 e 1736 -, verificamos, em algumas delas, elementos de marcante originalidade, por contestarem abertamente os direitos do Rei e envolverem participação ativa de segmentos procedentes dos estratos sociais inferiores.
(Adaptado de Luciano Raposo de Almeida Figueiredo, "O Império em apuros: notas para o estudo das relações ultramarinas no Império Português, séculos XVII e XVIII", em Júnia Furtado (org.). "Diálogos oceânicos: Minas Gerais e as novas abordagens para uma história do Império Ultramarino Português". Belo Horizonte: UFMG, 2001, p. 236.)

Assinale as rebeliões que se enquadram no contexto acima indicado.

a – Revolta de Beckman e Guerra dos Mascates
b – Guerra dos Emboabas e Sedição de Vila Rica
c – Guerra dos Mascates e Conjuração Baiana
d – Conjuração Baiana e Inconfidência Mineira

18 - A união de Espanha e Portugal, em 1580, trouxe vantagens para ambos os lados. Portugal era tratado pelos monarcas espanhóis não como uma conquista, mas como um outro reino. Os mercados, as frotas e a prata espanhóis revelaram-se atraentes para a nobreza e para os mercadores portugueses. A Espanha beneficiou-se da aquisição de um porto atlântico de grande importância, acesso ao comércio de especiarias da Índia, comércio com as colônias portuguesas na costa da África e contrabando com a colônia do Brasil.
(Adaptado de Stuart B. Schwartz. "Da América Portuguesa ao Brasil". Lisboa: Difel, 2003, p. 188-189.)

Assinale uma alternativa que apresenta uma conseqüência da União Ibérica para o Brasil.

a – A intensificação da escravização de indígenas.
b – O declínio das expedições bandeirantes.
c- A invasão ao Nordeste pelos huguenotes.
d – O desenvolvimento da atividade mineratória.

19 - Leia o texto seguinte com atenção.

CONFISSÃO DE FERNÃO RIBEIRO, ÍNDIO DO BRASIL, EM 12 DE AGOSTO DE 1591:

"Por querer confessar sua culpa, ser do gentio desta Bahia, e não saber a língua portuguesa, esteve presente o padre Francisco de Lemos, religioso da Companhia de Jesus, como intérprete.
(...)
E confessando-se, contou que há dois anos disse-lhe um outro gentio, de nome Simão, que os cristãos que comungam (...) são os homens mais virtuosos. Então ele, confessante, respondeu ao dito Simão que naquele Sacramento de comunhão estava a morte, e que quem comungava recebia a morte [muitos índios associavam este sacramento à morte porque, por vezes, ele era ministrado a moribundos]. Depois de o ter dito ficou muito arrependido e lhe pesou muito o Diabo lhe fazer dizer tão ruim palavra.
Contou ainda que, sabendo do ocorrido, o padre superior de sua aldeia, João Alvares, da Companhia de Jesus, que tem cuidado de os doutrinar e instruir na fé, o prendeu e penitenciou na igreja, fazendo-o pedir perdão a todos e aplicando-lhe castigos, ao que ele, confessante, satisfez (...). "

(Adaptado de Vainfas, Ronaldo (org.) CONFISSÕES DA BAHIA. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. P.81-2)

O texto anterior registra uma das inúmeras confissões que, entre julho de 1591 e fevereiro de 1592, os moradores da cidade de Salvador e do Recôncavo Baiano prestaram à Visitação do Santo Ofício da lnquisição de Lisboa. As informações contidas permitem concluir que:

a – a Companhia de Jesus foi uma instituição religiosa católica que defendia a tolerância religiosa no Brasil.
b – a colonização do Brasil foi um processo mercantil que não abriu espaços para a atuação da Igreja Católica.
c – as ações inquisitoriais da Igreja Católica no Brasil foram realizadas por meio da visitação do Santo Ofício.
d – as populações nativas aceitavam e compreendiam a doutrina católica que, em geral, baseava-se na caridade e no amor.
e – o catolicismo foi internalizado pelos habitantes primitivos do Novo Mundo com rapidez e perfeição.


20 - Leia os textos.

Texto 1
A empresa Odyssey Marine Exploration, especializada na exploração de navios afundados, localizou um dos maiores tesouros submersos de todos os tempos, o HMS Victory. De bandeira britânica, o navio era uma das maiores maquinas de guerra de sua época, mas naufragou longe das glórias das batalhas navais, durante uma tempestade no Canal da Mancha em 1744. Segundo registros da época, o Victory transportava quatro toneladas de moedas de ouro, carga avaliada hoje em um bilhão de dólares, de Lisboa para Portsmouth, na Inglaterra. No momento, a empresa negocia com as autoridades inglesas um acordo para iniciar a exploração do naufrágio. Caso o tesouro seja realmente encontrado, a Odyssey reivindica ficar com 40% do seu valor, ou seja, cerca de 400 milhões de dólares. Será um belo
retorno para um investimento de 35 milhões de doláres da empresa, já considerando os gastos do trabalho de exploração.
Fonte – Revista Exame – 28/04/09

Texto 2

Este acordo terá a conseqüência para Portugal de todas as manufaturas, que nesta altura produzem uma enorme quantidade de tecido dispendioso e de fraca qualidade, serem imediatamente sacrificadas e totalmente encerradas.
(John Methuen - 1703)



Os textos lidos permitem concluir corretamente que:

a – A pesquisa histórica necessita da atuação de empresas capitalistas que, ao encontrar tesouros perdidos no fundo do mar, contribuem para o esclarecimento de várias questões que esclarecem dúvidas sobre o passado.
b – A carga transportada pelo HMS Victory demonstra que, á época de seu naufrágio, Portugal era um país inteiramente independente da economia britânica e possuidor de uma significativa indústria de tecidos finos.
c – Parte significativa do ouro extraído do Brasil foi transformada em capitais para o desenvolvimento das manufaturas texteis de Portugal que, impedindo a saida de ouro de seu território, acelerou a produção de panos de lã e de algodão.
d – O HMS Victory afundou no Canal da Mancha e seu tesouro, constituido de ouro que destinava-se a Lisboa, é disputado pelos governos de Portugal e Inglaterra, além da empresa Odyssey Marine Exploration.
e – As ações de empresas tais como a Odyssey Marine Exploration pouco contribuem para a elucidação de elementos da História, uma vez que são estimuladas exclusivamente pela ambição do lucro fácil.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Curso de Química - UFMG

Christiano Miranda (graduando em Química -UFMG)
1a. e 2a. etapas da UFMG
Turma reduzida
Local: Colégio Imaculada Conceição - Rua da Bahia, 1534

Tel: 9961 2445

Trabalho de Atualidades - 1a, etapa - 3a. série integral

TRABALHO DE ATUALIDADES
3ª série integral - 2010
PROF. NEWTON MIRANDA

Este trabalho deverá ser manuscrito e sem rasuras.

Componentes do grupo (quatro ou cinco membros)

________________________________________ nº _____
________________________________________ nº _____
________________________________________ nº _____ Turma _______
________________________________________ nº _____
________________________________________ nº _____


01 – Estudo de mapas.

Colocar, no espaço abaixo, os seguintes mapas:

A – Mapa da Índia, do Paquistão e de Bangladesh – localizar a região de Caxemira.

















B – Mapa do Irã – localizar os países que fazem fronteira com o Irã.














C – Mapa dos Estados Unidos – Localizar o Estado do Tennessee e sua capital, Nashville.















D – Mapa da África do Sul – localizar a África no Sul no continente africano.












02 – Faça uma pequena biografia sobre os seguintes personagens históricos e incluir uma imagem dos mesmos em seguida.

2.1 – Mohandas Gandhi
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2.2 – Xá Reza Pahlevi
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2.3 – Aiatolá Khomeini
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2.4 – Jim Lawson (ativista na luta contra a segregação)
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2.5 – Martin Luther King
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2.6 – Barack Obama
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2.7 – Frederik De Klerk
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2.8 – Nelson Mandela
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2.9 – Desmond Tutu
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03 – Faça um breve histórico sobre a origem do islamismo e diferencie sunitas e xiitas.
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04 – Apresente um artigo de jornal, revista ou internet que relacione a Al-Qaeda à questão da Caxemira. Cite a fonte.












05 – Apresente um artigo de jornal, revista ou internet que apresente informações sobre conflitos relacionados a movimentos islâmicos.









06 – Faça uma relação entre as olimpíadas de 1968 com a questão do racismo nos EUA. Acrescente uma imagem acerca desta relação.
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Imagem.









07 – Dê um exemplo de sit in feito em Nashville em 1960, na luta pelos direitos civis e contra a segregação nos EUA.
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08 – Apresente uma imagem sobre a segregação racial nos EUA e faça um comentário sobre a mesma.







09 – Analise as principais ações internacionais feitas contra a África do Sul a fim de combater o apartheid.
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10 – Faça um pequeno texto sobre os desafios socioeconômicos da África do Sul após o apartheid.
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11 – Apresente uma imagem sobre o apartheid.







12 – Como a realização da Copa Mundial de Futebol poderá contribuir para solucionar questões sociais-raciais na África do Sul?
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SIMULADO ESPECIAL - EXTENSIVO - INTENSIVO

1º SIMULADO ESPECIAL – 2010
HISTÓRIA
PROF. NEWTON MIRANDA

01 - No Século XIII, os barões ingleses, contando com o apoio de alguns mercadores e religiosos, sublevaram-se contra as pesadas taxas e outros abusos. O rei João Sem Terra acabou aceitando as exigências dos vassalos sublevados e assinou a Magna Carta. Pode-se afirmar que o documento apresenta importante legado (herança) do Mundo Medieval porque
A - reafirmava o princípio do poder ilimitado dos monarcas para fixar novos tributos.
B - freou as lutas entre os cavaleiros e instituiu o Parlamento, subdividido em duas Câmaras.
C - assegurava antigas garantias a uma minoria privilegiada, mas veiculava princípios de liberdade política.
D - limitou as ambições políticas papais, mesmo tratando-se de um contrato feudal.
02 – Leia o texto com atenção.
"Neste tempo revoltaram-se os camponeses em Beauvoisin. Entre eles estava um homem muito sabedor e bem-falante, de bela figura e forma chamado Guilherme Carlos. Os camponeses fizeram-no seu chefe e estes lhes dizia que se mantivessem unidos. E quando os camponeses se viram em grande número, perseguiram e mataram os homens nobres. Inclusive muitas mulheres e crianças nobres, pelo que Guilherme Carlos lhes disse muitas vezes que se excediam demasiadamente; mas nem por isso deixaram de o fazer."
(Texto adaptado de Crônica dos quatros primeiros Valois (1327-1392) in ANTOLOGIA DE TEXTOS HISTÓRICOS MEDIEVAIS.)
Sobre as rebeliões acima indicadas, podemos afirmar que:
I – Foram denominadas jacquerie e fizeram parte da Retração Geral que atingiu a Europa no século XIV.
II – Acabaram com os privilégios da nobreza e enterraram o feudalismo que, na França, desapareceu no final do século XIV.
III – Estão inseridas num contexto de emergência da industrialização da Europa provocada pela acumulação primitiva de capitais.
Qual (is) a(s) afirmativa(s) correta(s)?
A – I, II e III
B - Somente I
C – I e III
D – Somente II
03 – Leia o texto.
"A idéia de 'bem comum', de 'utilidade comum', tão importante, por exemplo, em Aristóteles, foi aplicada à atividade dos mercadores pelos autores cristãos. Ligando esta idéia à do trabalho, São Tomás de Aquino (1225-1274) declarou: 'se alguém se entrega ao comércio tendo em vista a utilidade pública, se se quer que as coisas necessárias à existência não faltem ao reino, então o lucro, em lugar de ser visto como um fim, é somente reclamado como remuneração do trabalho'."
(J. Le Goff, MERCADORES E BANQUEIROS NA IDADE MÉDIA)
A partir do texto acima, podemos concluir que:
A – A Igreja Romana, no final da Idade Média, rejeitava toda e qualquer forma de lucro.
B – A religião cristã romana estabelecia que o lucro era uma forma terrível de pecado.
C – O revigoramento comercial e urbano alterou a postura da Igreja acerca do lucro.
D – S. Tomas de Aquino, na Baixa Idade Média, considerava a usura um pecado capital.
04 - "A data do ano mil e a célebre frase do monge Raul Glaber sobre a veste branca da Igreja com a qual se enfeita a cristandade assumem para muitos o valor de um símbolo: o de um reflorescimento após tempos difíceis e conturbados. De fato, as primeiras décadas do século XI vêem a afirmação de um amplo movimento, desigual e mais ou menos precoce certamente, que afeta todas as regiões do Ocidente e lhes dá, à custa de esforços obstinados empreendidos, em seguida, durante séculos, um novo equilíbrio econômico e humano."
(Jacques Heers. HISTÓRIA MEDIEVAL. Difel)
Caracterizam o reflorescimento que marcou a Europa a partir do século XI, EXCETO:
A – o surgimento de novas classes, entre as quais a burguesia.
B – o desaparecimento das corporações de ofício urbanas.
C – a formação de rotas comerciais terrestres e marítimas.
D – o desenvolvimento de técnicas agrícolas.
05 - "Em 1128, após o incêndio da cidade de Deutz o abade Rupert, teólogo apegado às tradições, logo viu nesse fato a cólera de Deus, castigando o local que se tornara centro de trocas e antro de infames mercadores e artífices."
(texto adaptado de J. Le Goff, A CIVILIZAÇÃO DO OCIDENTE MEDIEVAL)
O texto permite concluir que:
A – diversas cidades medievais, a partir da Baixa Idade Média, tornaram-se centros comerciais de grande importância.
B – o clero romano, em sua maioria, compactuava com os ideais dos mercadores e da burguesia, objetivando o aumento do dízimo.
C – o início da Baixa Idade Média foi caracterizado pela afirmação de um espírito laico, antroprocêntrico e humanista.
D – o homem medieval estava desligado da interpretação religiosa do cosmos, uma vez que a influência da Igreja romana encontrava-se em declínio.
06 - Apesar de não terem alcançado seu objetivo - reconquistar a Terra Santa -, as Cruzadas provocaram amplas repercussões, porque
A - favoreceram a formação de vários reinos cristãos no Oriente, o que permitiu maior estabilidade política na região.
B - consolidaram o feudalismo, em virtude da unificação dos vários reinos em torno de um objetivo comum.
C - facilitaram a superação das rivalidades nacionais graças à influência que a Igreja então exercia.
D - estimularam as relações comerciais do Oriente com o Ocidente, graças à abertura do Mediterrâneo aos europeus.
07 - "A fim de que meus escritos não pereçam juntamente com o autor, e este trabalho não seja destruído (...) deixo meu pergaminho para ser continuado, caso algum dos membros da raça de Adão possa sobreviver à morte e queira continuar o trabalho por mim iniciado."
O texto foi escrito por um monge irlandês do século XIV e desperta dúvidas num homem culto da época sobre a possibilidade de alguém sobreviver, certamente devido a:
A - Guerra de Reconquista
B - Peste Negra
C - Descobrimentos marítimos
D - Guerra dos Cem Anos
08 -
"O dinheiro, quando deve ser devolvido dentro de um prazo, proporciona nesse período um produto considerável e por vezes, priva a quem empresta, de tudo aquilo que traz a quem o toma emprestado."
O texto, escrito no início da Idade Moderna
A – defende a usura.
B – condena a usura.
C – condena o lucro.
D – faz parte da ética católica.
09 - "Não há um membro nem uma forma,
Que não cheire a putrefação.
Antes que a alma se liberte,
O coração que quer rebentar no peito
Ergue-se e dilata o peito
Que quase fica junto da espinha dorsal.
- A face é descorada e pálida.
E os olhos cerrados, na cabeça.
A fala perdeu-se,
Porque a língua está colada ao céu do boca.
O pulso bate e ele anseia.
Os ossos separam-se por todas as ligações
Não há um só tendão que não se estique e estale."
(Chastellain. LES PAS DE LA MORT. França, século XIV)
O poema anterior sinaliza a preocupação com a morte que se fez presente na mentalidade européia do século XIV. Para compreendermos o alcance dessa funesta inspiração, é preciso associar esse fenômeno ao fato de que
A - as primeiras navegações oceânicas, promovidas pelos europeus, vitimavam quantidades cada vez maiores de aventureiros.
B - a morte era apenas uma metáfora para representar a transição pela qual passava a sociedade e cuja ênfase estava na produção agrícola, daí a comparação com a fruta que apodrece para deitar sua semente na terra e novamente brotar com vida nova.
C - o movimento de investigação científica, que teria maior conseqüência durante o Renascimento, dava seus primeiros passos na direção dos estudos da anatomia humana.
D - a mentalidade religiosa, que concebia a vida apenas como provação em busca da salvação eterna, encontrava terreno fértil numa sociedade que era assolada por epidemias e guerras.
10 - Contrariando a idéia de que o período medieval foi uma época de obscurantismo, houve então rica produção cultural, pela qual se pode conhecer os valores do homem medieval, que colocava Deus como centro de todas as coisas.
A partir do texto acima e tendo em vista outros conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar que
A – o Renascimento contribuiu para a idéia de que a Idade Média foi um período de retrocesso.
B – as Universidades surgiram na fase da Alta Idade Média, o que confirma as informações do texto acima.
C – o fanatismo religioso não criou barreiras para a expansão das idéias renascentistas.
D – na esfera cultural, a Igreja Romana não instituiu impedimentos para o desenvolvimento do humanismo.
11 - Inúmeros escritores e poetas portugueses retrataram o imaginário que acompanhou o homem ibérico na sua aventura pelos mares nunca dantes navegados. Temores e fantasias não o impediram de se lançar às águas do mar Oceano, arriscando-se em busca, principalmente, de
A - novos caminhos para o Oriente, novos mercados, metais preciosos e propagar a fé cristã.
B - escravos africanos, cana-de-açúcar, metais preciosos e catequizar os indígenas.
C - escravos e ouro, desvendar os segredos dos mares e descobrir correntes marítimas desconhecidas.
D - ouro e marfim, expandir o protestantismo e romper o monopólio árabe-veneziano no Mediterrâneo.
E - pau-brasil, testar os novos conhecimentos náuticos e conhecer novas rotas.
12 - "As aldeias de índios estão forçadas a entregar certa quantidade de seus membros aptos para realizar trabalhos (...), durante um prazo determinado. Esses índios são compensados com certa quantidade de dinheiro e destinados aos mais variados tipos de serviços."
Esse trecho apresenta as condições de trabalho compulsório dos
A - diversos grupos indígenas das áreas colonizadas por espanhóis e portugueses.
B - grupos indígenas das áreas espanholas submetidos à instituição da "mita".
C - grupos indígenas das áreas portuguesas submetidas às regras da "guerra justa".
D - grupos indígenas das áreas agrícolas de colonização espanhola submetidos ao regime de "encomienda".
E - dos grupos indígenas das áreas portuguesas e espanholas originários das "missões" dos jesuítas.
13 - Remonta ao Século XVI a mensagem religiosa associado à idéia de que "no mundo comercial e da concorrência, o êxito ou a bancarrota não dependem da atividade ou da aptidão do indivíduo, mas de circunstâncias independentes dele"
(Friedrich Engels - DO SOCIALISMO UTÓPICO AO SOCIALISMO CIENTÍFICO).
Assinale o nome do movimento protestante que pregava a salvação da alma e apresentava princípios básicos apoiados na prática econômica da burguesia nascente.
A - Luteranismo.
B - Medievalismo.
C - Escolástica
D - Calvinismo.
E - Judaísmo.
14 - A transição gradativa do Mundo Medieval para o Mundo Moderno dependeu da conjugação de inúmeros fatores, europeus e extra-europeus, que ganharam dimensões e características novas. A inserção do Mundo não-europeu no contexto do colonialismo mercantilista, inaugurado pelos grandes descobrimentos, contribuiu para:
A - a aceitação, sem resistência, da tutela cultural que o europeu pretendeu exercer sobre os povos da África e da Ásia.
B - acarretar profunda contenção na expansão civilizatória do Mundo Pré-Colombiano.
C - o indígena demonstrar sua inadaptabilidade racial para o trabalho.
D - que o tráfico negreiro, operação comercial rentável, fosse determinado pela apatia e preguiça do ameríndio.
E - a montagem de modelo político-administrativo caracterizado pela não intervenção do Estado Absoluto na vida das colônias.

15 - As relações comerciais entre a Espanha e suas colônias, até a primeira metade do século XVIII, se caracterizaram por um
A - sistema de portos únicos, responsáveis por todas as transações comerciais legais.
B - pacto colonial igual àquele que se desenvolvia entre o Brasil e sua metrópole.
C - sistema de liberdade de comércio, sem qualquer controle metropolitano.
D - sistema de comércio livre triangular, envolvendo a Espanha, a América e a África.
E - sistema que concedia privilégios aos comerciantes da região do Prata.

16 - Os guerreiros constituíam um dos grupos mais importantes na sociedade asteca. No início, eram escolhidos entre os indivíduos mais corajosos e valentes do povo. Com o tempo, entretanto, a função de guerreiro começou a ser passada de pai para filho, e apenas algumas famílias, privilegiadas, mantiveram o direito de ter guerreiros entre os seus membros.
KARNAL, Leandro. A conquista do México. São Paulo: FTD, 1996. p. 13.
O texto faz referência à sociedade asteca, no século XV, a qual era
A - guerreira e sacerdotal, formada de uma elite política que governava com tirania a massa de trabalhadores escravos negros.
B - igualitária e guerreira, não reconhecendo outra autoridade senão a sacerdotal, que também era guerreira.
C - comunal, com estruturas complexas, sendo dirigida por um Estado que contava com um aparelho administrativo, judiciário e militar.
D - hierarquizada e guerreira, visto que o Imperador era, ao mesmo tempo, o general do exército asteca e o sumo pontífice sacerdotal.
E - igualitária, guerreira e sacerdotal: todo guerreiro era um sacerdote e todo sacerdote era um guerreiro.

2a. etapa UFMG - 2010 - sugestão de respostas

1- Nas áreas urbanas, especialmente após fins do século XVII, predominava o negro ou escravo de ganho que trabalhava em diversos ofícios, tais como o de vendedor ambulante, como mostra a figura, cujo ganho destinava-se ao seu proprietário. Tais escravos eram conhecidos, também, como escravos de dono ausente, uma vez que atuavam, normalmente, longe dos olhos de seus senhores. Eventualmente, parte do ganho auferido pelo trabalho nas ruas poderia ficar com o próprio escravo, gerando uma certa possibilidade de compra da alforria pelo cativo.

2-
1. Os luditas organizavam-se em bandos cujo objetivo principal era a destruição de máquinas e instalações das manufaturas e fábricas inglesas.
2. Os luditas creditavam às máquinas a responsabilidade pelo desemprego dos trabalhadores e, além disso, invadiam e quebravam as máquinas das empresas que não cumpriam acordos tradicionalmente estabelecidos, principalmente aquelas que rebaixavam os salários e que utilizavam mulheres e aprendizes no lugar de trabalhadores oficiais.
3. O cartismo pretendia dar maior força política aos trabalhadores, sendo uma reação contra a exclusão do proletariado do processo político eleitoral. A principal reivindicação cartista era o voto universal masculino que objetivava transformar os trabalhadores em atores políticos no parlamento britânico e, consequentemente, mobilizar e conscientizar a política inglesa em prol das demandas do proletariado.

3 -
1. Os modernistas rejeitavam a arte conservadora que reproduzia a estética européia, considerada divorciada da realidade do País. Os modernistas buscavam uma expressão artística que resgatasse as raízes brasileiras e que fosse revolucionária e nacionalista na estética.

2. O nacionalismo foi um dos elos importantes entre o modernismo e os movimentos políticos das décadas de 1920 e de 1930. O ideal tenentista, expresso nas rebeliões do Forte de Copacabana, de São Paulo e da Coluna Prestes, possuia caráter nacionalista e contrário ao imperialismo. A Aliança Liberal e o consequente governo Vargas também foram marcados pelo discurso nacionalista que, via de regra, enxergava no nacionalismo a garantia da soberania efetiva do Brasil. Vale registrar, também, a criação da AIB, partido de cunho fascista e nacionalista, que possuía, em seus quadros, intelectuais que participaram do modernismo brasileiro.

4 -
característica 1.
A fragilidade das instituições político-partidárias. O contato entre o líder e as massas urbanas era feito sem intermediários político-partidários, ou seja, a relação entre Getúlio Vargas e o povo era direta, passional e caracterizada pela comunhão entre o líder e o povo.

característica 2.
A exaltação do líder. Por meio de uma série de instrumentos políticos, entre os quais destacava-se o DIP - Departamento de Imprensa e Propaganda - Getúlio Vargas era idealizado como o líder natural de todos, especialmente, das massas trabalhadoras urbanas, para as quais Vargas era, além de líder carismático, pai e protetor.


5-

1
razão 1.

A Revolução islâmica no Irã.

razão 2.

O empobrecimento do povo nos países de maioria islâmica.

2
O sucesso da Revolução islâmica no Irã estimulou a formação de inúmeros movimentos fundamentalistas em várias partes do mundo, especialmente no Oriente Médio, tais como o Hezbolah, no Líbano e o Hamas, na Palestina. Esses grupos, amparados no fanatismo religioso e cada vez mais populares entre os segmentos mais humildes do povo, buscam reproduzir em seus países e territórios, o regime fundamentalista implantado pelos aiatolás no Irã, regime este baseado nas leis corânicas e contrário à influência ocidental, especialmente, a norte americana. Para atingir seus objetivos, os fundamentalistas não medem esforços e, muitas vezes, recorrem às ações violentas.


6-
1 - Os Estados Unidos adotaram medidas intervencionistas e assumiram o papel de bombeiro para apagar o incêndio provocado pela crise econômica. O governo federal, entre outras medidas, injetou bilhões de dólares no mercado, especialmente para socorrer grandes empresas, como a General Motors (GM), a fim de recuperá-las e estancar a demissão de trabalhadores, mal maior nas crises econômicas.

2- A crise gerou retração econômica no Brasil. O quadro econômico internacional instável e recessivo provocou a elevação da taxa de juros e, em consequência, o crédito ficou mais caro e difícil. A redução do consumo e o desemprego tornaram-se significativos e a Bolsa de Valores enfrentou queda geral. Os investimentos na área produtiva foram reduzidos e o dólar ficou mais caro. Em suma, a crise provocou muito mais do que uma marolinha.

Irã - polêmica mundial

Disciplina : Atualidades
Prof. Newton Miranda
Estudo de texto


Embaixador vê semelhança entre programas nucleares de Brasil e Irã

O embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, comparou nesta segunda-feira os programas nucleares iraniano e brasileiro, ressaltando semelhanças entre os dois. As declarações foram feitas um dia depois de o governo iraniano ter anunciado que ampliará seu programa nuclear e que passará a produzir urânio enriquecido em 20%, gerando críticas de inúmeras nações.
"Países como Brasil e Irã não querem usar energia nuclear para produzir armas. A energia nuclear no Irã, como no Brasil, é para a área de medicina, agricultura", disse o embaixador em uma coletiva em Brasília, de acordo com a Agência Brasil.

O diplomata também afirmou que as autoridades brasileiras "têm conhecimento" da posição do governo iraniano em relação ao programa nuclear e criticou as potências internacionais, que desconfiam que o projeto de enriquecimento de urânio do Irã tenha o objetivo de produzir armas atômicas.

"Acreditamos que as autoridades brasileiras têm conhecimento da situação e posição iraniana. O Brasil, ao contrário de outros países que tiveram fortes reações (ao anúncio de ampliação do programa nuclear), não é um país que pensa em colonizar outro país", disse.

Tensão
Recentemente, os governos dos Estados Unidos e da França afirmaram que novas sanções contra o Irã são o "único caminho" para impedir que o país continue o desenvolvimento de seu programa nuclear.

Autoridades iranianas e representantes dos Estados Unidos e da União Europeia não conseguiram chegar a um acordo sobre o programa.

De acordo com propostas que vêm sendo discutidas desde outubro, 70% do urânio iraniano seriam enviados ao exterior com baixo índice de enriquecimento (3,5%).

O material iria para Rússia ou França, para ser então enriquecido a 20% e transformado em combustível para reatores.

A base para o acordo seria o entendimento fechado entre o Irã, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e o chamado grupo P5+1 - formado pelos cinco países do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha e França) mais a Alemanha.

Críticas
Shaterzadeh criticou os países que estão negociando com o Irã, afirmando que eles têm posições contraditórias.

"Os que tiveram grande reação têm fortes armamentos nucleares. Se eles falassem a verdade, primeiro eles destruiriam o armamento nuclear deles e depois dariam conselhos", disse o diplomata, ainda segundo a Agência Brasil.

Atualmente o Irã enriquece urânio em um nível de 3,5%, mas são necessários 20% para o funcionamento do reator nuclear de Teerã, desenhado para produzir isótopos para fins medicinais. Para construir uma bomba atômica, é necessário ter urânio enriquecido em ao menos 90%.
O chefe do programa nuclear do Irã, Ali Akbar Salehi, afirmou que o país começaria em breve a enriquecer urânio em 20% em Natanz, a principal usina de enriquecimento de urânio iraniana. Ele afirmou ainda que dez novas usinas do gênero seriam construídas no país até o fim de 2011. O país enviou uma carta à Agência Internacional de Energia Atômica para comunicar a ONU oficialmente de sua decisão.
De acordo com analistas, depois de idas e vindas – infrutíferas - nas negociações, o governo iraniano decidiu mostrar que perdeu a paciência e, portanto, pretende enriquecer urânio de maneira doméstica.
A decisão alarmou a comunidade internacional. EUA e União Europeia temem que o aperfeiçoamento na tecnologia nuclear iraniana possa permitir ao país construir sua própria bomba nuclear.
O governo francês, por sua vez, ressaltou que "toda a comunidade internacional tentou estabelecer condições de diálogo durante meses" com o Irã, embora "não se tenha conseguido nada".

"Infelizmente, será necessário um diálogo internacional que conduzirá a novas sanções", acrescentou o governo francês.
As declarações foram feitas logo após o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ter ordenado suas autoridades nucleares que elevassem a 20% o grau de enriquecimento do urânio iraniano.
Direitos humanos
Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) condenaram em comunicado comum "a persistência das violações dos direitos humanos" no Irã desde a eleição presidencial de junho de 2009.
"As detenções em grande escala e os processos em massa, as ameaças de executar manifestantes, as intimidações às famílias dos detidos e a negação contínua do direito de expressão pacífico dos cidadãos são contrários aos direitos humanos", diz o texto, divulgado pela Casa Branca.

"Nossa preocupação se baseia no compromisso com um respeito universal dos direitos humanos. Estamos muito preocupados com a possibilidade de mais violência e mais repressão nos próximos dias, por causa do aniversário da fundação da República Islâmica, em 11 de fevereiro", segundo a mesma fonte.

Mais de 4 mil manifestantes e oposicionistas foram detidos no Irã durante e depois dos protestos contra o governo que seguiram a reeleição do presidente Mahmud Ahmadinejad. A repressão deixou 36 mortos segundo as autoridades, e 72 segundo a oposição.

Diálogo Irã-Brasil eleva credibilidade de Ahmadinejad, afirma especialista
A visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil nesta segunda-feira (23.11.09) faz com que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva volte a ocupar o centro das atenções, segundo Renatho Costa, professor de pós-graduação em política e relações internacionais da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
Para Costa, a intenção do governo brasileiro é alavancar sua importância no sistema internacional e se inserir nas problemáticas que ultrapassem as fronteiras das Américas. Em uma coletiva à imprensa, Lula defendeu o direito do Irã desenvolver seu programa nuclear para fins pacíficos.
"Quando o Brasil recebe Ahmadinejad em seu território, busca exatamente essa mudança de status e ganha ainda mais simpatia da liderança iraniana quando aceita a argumentação de que o Irã teria o direito de desenvolver um programa nuclear para fins pacíficos, exatamente como o projeto brasileiro".
Ahmadinejad chegou ao Brasil acompanhado de ministros, membros do parlamento iraniano e uma grande delegação de empresários que participarão de um encontro empresarial Brasil-Irã.


Depois da chegada do polêmico Ahmadinejad, a polícia reforçou a segurança, inclusive com a presença da cavalaria.
O grupo contrário à presença do presidente iraniano questiona as posições de Ahmadinejad contra os direitos dos homossexuais e das mulheres e sua rejeição ao Holocausto e a Israel. Eles portavam faixas com dizeres como "negar o Holocausto é crime" e "você acha que o programa nuclear é para fins pacíficos?".
Os favoráveis, em menor número, demonstraram apoio à política externa brasileira, contra o imperialismo e o sionismo.
Influência iraniana
Desde 2005, quando assumiu o poder, Ahmadinejad tenta estabelecer vínculos com líderes sul-americanos de esquerda e mantém relação próxima com Hugo Chávez. Depois do Brasil, o presidente iraniano completou sua viagem latino-americana de cinco dias com visitas a Bolívia e Venezuela. A influência do Irã entre venezuelanos e bolivianos preocupa o governo de Washington e seu aliado-chave no Oriente Médio, Israel, em meio a especulações de que Venezuela e Bolívia poderão fornecer urânio ao Irã para seu programa nuclear.



Exercícios
01 – A partir das informações contidas no texto, assinale V – verdadeiro ou F – falso.
( ) – O governo Lula critica o projeto nuclear iraniano por considerá-lo nocivo à paz mundial.
( ) – Os Estados Unidos e a União Européia temem que o programa nuclear iraniano poderá levar o Irã a possuir armas nucleares.
( ) – As manifestações ocorridas no Brasil, acerca da visita de Ahmadinejad, foram unânimes na crítica ao governo iraniano.
( ) – Mahmud Ahmadinejad é presidente reeleito do Irã.
( ) – O Irã tem buscado apoio na América Latina. Ahmadinejad tem boas relações com os governos de esquerda, especialmente com o presidente Hugo Chávez.
( ) – De acordo com a comunidade internacional, o Irã tem desrespeitado os direitos humanos, especialmente na repressão à oposição que considerou a reeleição de Ahmadinejad, ocorrida em 2009, como fraudulenta.
( ) – O Irã tem adotado posições que considera contrárias aos interesses das potências imperialistas.
02 – Qual é o organismo da ONU responsável pela questão da produção de energia nuclear?
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03 – Cite três países da América Latina que foram visitados pelo governante do Irã.
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04 – Retire do texto uma informação que mostre que a visita do líder iraniano ao Brasil não foi apenas de caráter político.
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05 – Apresente quatro críticas que são feitas ao presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad.
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06 – O que os EUA e a França propõem para coibir o projeto nuclear iraniano?

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07 – Apresente a resposta do embaixador Shaterzadeh aos críticos do programa nuclear iraniano.
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08 – Definir P5 + 1 e indicar seus países membros.
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A mais importante colônia do antigo Império Britânico era a Índia. Sob a denominação oficial de Império da Índia, havia todo um subcontinente que se estendia das fronteiras do Irã e Afeganistão, a oeste, até aos limites do Tibete e da China, ao norte e nordeste, e à divisa com o Sião (atual Tailândia), a leste. Em 1937, a Birmânia (atual Myanmar) foi destacada do conjunto, passando a constituir uma colônia separada.

A Índia Britânica (que contava com alguns enclaves coloniais portugueses e franceses) era um extraordinário mosaico de raças, línguas e religiões.

Predominavam os indo-europeus (nome genérico do principal tronco da raça branca), de cabelos escuros e com diversos matizes de tez; mas os habitantes das encostas do Himalaia, no norte, eram de raça mongólica, e existiam no centro alguns grupos com forte ascendência negróide.

Falavam-se mais de 3 mil idiomas e dialetos, dos quais cerca de quinze eram mais importantes. Quanto ao aspecto religioso, embora o bramanismo (atualmente mais conhecido pelo nome de hinduísmo) fosse absolutamente majoritário, vastas parcelas da população seguiam o islamismo (ou muçulmanismo, ou maometismo), além das minorias adeptas do sikhismo, do janaísmo, do budismo, do cristianismo e até mesmo do animismo (denominação dada às religiões primitivas que atribuem alma – anima, em latim – a animais, rios e montanhas).

A autoridade máxima na colônia era o vice-rei, que prestava contas ao Ministério das Colônias, em Londres. Internamente, porém, a Índia compreendia duas formas de administração: mais da metade do território era controlada diretamente por funcionários coloniais britânicos; mas havia também 562 principados dos mais diversos tamanhos, sob a autoridade de governantes hereditários, hindus ou muçulmanos. Os títulos desses pequenos monarcas podia variar, mas o mais comum era o de marajá.
Na primeira metade do século XX, o nacionalismo indiano passou por um processo de amadurecimento que se personificou na figura do “Mahatma” (“Grande Alma”) Gandhi. Este, baseando-se nos princípios da “não-violência” e da “resistência passiva”, mobilizou milhões de seguidores e causou grandes transtornos aos dominadores ingleses.

Gandhi era hinduísta, mas seu sonho nacionalista visava à criação de uma Índia independente onde todas as etnias e religiões convivessem pacificamente. Contudo, seu ideal não era compartilhado pelos radicais hinduístas (que o assassinariam em 1948) e menos ainda pelos muçulmanos.

Hinduísmo e islamismo, para os indianos, eram muito mais que duas religiões antagônicas. O primeiro, nascido no próprio país há milhares de anos, possuía uma espantosa multidão de deuses e criara uma sociedade de castas, baseada na desigualdade absoluta entre os indivíduos; o segundo, de origem árabe e introduzido na Índia por conquistadores vindos da Ásia Central, é monoteísta e considera todos os homens iguais perante Deus. A diversidade entre as duas crenças produziu diferenças de comportamento e de organização social, bem como visões de mundo conflitantes.

À medida que o Congresso Nacional Indiano – partido fundado por Gandhi – ganhava força na luta pela independência, crescia entre os maometanos o temor de um Estado hinduísta que viesse a oprimi-los e persegui-los. Liderados por Mohamed Ali Jinnah, os islamitas indianos criaram a Liga Muçulmana, que advogava a divisão do subcontinente em dois Estados – um deles de maioria maometana.

A Grã-Bretanha acabou concordando com a partilha. Assim, em 15 de agosto de 1947, dentro do processo de descolonização que se seguiu à II Guerra Mundial, surgiram dois Estados independentes: a Índia e o Paquistão (“País dos Puros”). Este último, implantado nas áreas majoritariamente muçulmanas, compreendia duas porções distintas, separadas por 1600 km de território indiano: o Paquistão Ocidental e o Paquistão Oriental (situado no Golfo de Bengala).
Mas as diferenças entre os dois Paquistães (geográficas, econômicas, étnicas e culturais) eram insuperáveis; em 1971, apoiado pela Índia, o Paquistão Oriental proclamou sua independência e se transformou em Bangladesh (“Estado de Bengala”, em língua bengali).

A Questão da Caxemira

Com a aproximação da data da independência, as minorias hindus e muçulmanas instaladas em território adverso procuraram alcançar a segurança dos futuros Índia e Paquistão.

Cerca de 11 milhões de pessoas abandonaram seus lares e mais 1 milhão pereceu chacinado por turbas fanáticas de ambas as religiões. Não obstante, permaneceram na Índia importantes grupos muçulmanos, geralmente ligados ao comércio, os quais não se mostravam dispostos a abandonar a vida que haviam construído.

Os príncipes indianos, pressionados a optar pela incorporação a um ou outro Estado, fizeram-no de acordo com sua orientação religiosa. Dois principados muçulmanos situados dentro da Índia tentaram preservar sua autonomia, mas foram invadidos pelo recém-criado Exército Indiano. O governo da Índia independente, de tendência fortemente centralista, não toleraria enclaves que pudessem estimular o separatismo das minorias.

E aí começou o problema da Caxemira. Essa vasta região montanhosa, situada no extremo norte da Índia Britânica, tem uma importantíssima posição estratégica entre o Afeganistão e o Tibete (que a China conquistaria em 1951); além disso, como fica muito perto do Tadjiquistão (então parte da União Soviética), ganhava especial relevância no contexto da Guerra Fria. Durante o domínio inglês, o Estado de Jammu e Caxemira foi governado por marajás hindus; mas 80% de seus habitantes eram muçulmanos.

Ao chegar a independência, o marajá optou por unir seu Estado à Índia, embora a maioria da população desejasse ser incorporada ao Paquistão. Estourou uma insurreição entre a comunidade islâmica, com apoio paquistanês. As forças indianas reagiram e uma guerra não-declarada entre os dois países arrastou-se até julho de 1949, quando um acordo provisório foi assinado sob os auspícios da ONU.

Seguindo a linha do cessar-fogo, as porções norte e oeste da Caxemira (cerca de 40% do território) couberam ao Paquistão, que lhe deu o nome de Azad Kashmir (“Caxemira Livre”). Decidiu-se que futuramente haveria um plebiscito para definir o destino de toda a região, mas a Índia jamais aceitou cumprir essa cláusula.

E, em fevereiro de 1994, o Parlamento indiano declarou solenemente que a Caxemira (incluindo o território em poder do Paquistão) é parte inseparável da União Indiana.

Uma nova guerra entre Índia e Paquistão, travada em 1965, não modificou o status quo. Atualmente, um movimento terrorista e guerrilheiro, apoiado por setores do Paquistão e da Al-Qaeda, opera na Caxemira Indiana, mas vem enfrentando uma dura repressão por parte da Índia.

Esta receia que eventuais concessões aos rebeldes possam estimular o separatismo dos sikhs, que são majoritários na região do Punjab, ao sul da Caxemira.

O confronto nuclear indo-paquistanês

Em março de 1998, o partido nacionalista Bharatiya Janata (BJP) venceu as eleições e assumiu o poder na Índia, com o propósito declarado de “governar para os hindus”. Em maio de 1999, a Índia realizou cinco testes nucleares no Deserto de Rajastã, junto à fronteira com o Paquistão. Este, em julho, fez seis testes semelhantes nas proximidades dos limites com o Irã – fora do raio de ação de um possível ataque de mísseis indianos.

Temos portanto dois países do Terceiro Mundo, governados por políticos nacionalistas, que são possuidores de tecnologia nuclear para fins bélicos. A Índia, apesar da miséria da maioria de sua população – que atingiu, em 1999, a marca de 1 bilhão de habitantes —, é o maior “exportador de cérebros” do mundo, coloca satélites em órbita com know-how próprio e tem submarinos atômicos.

O Paquistão, militarmente mais fraco, conta com um exército bastante combativo, dispõe de mísseis com alcance maior que os da Índia e, em caso de conflito, pode vir a receber apoio de outros países muçulmanos. Obviamente, tais circunstâncias agravam a instabilidade da região.

Durante a maior parte de sua história como Estado independente, o Paquistão tem sido governado por generais tirânicos e corruptos – o que o deixou mais ou menos à margem da comunidade internacional.

Todavia, com o atentado terrorista sofrido pelos Estados Unidos em setembro de 2001, o Paquistão tornou-se essencial para o projeto norte-americano de atacar os supostos esconderijos inimigos - fundamentalistas islâmicos (Al-Qaeda e Taliban) no Afeganistão.