quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A crítica da crise


As crises econômicas capitalistas têm em comum o fato de que, mais cedo ou mais tarde, acabam. Parodiando Winston Churchill, encontraremos a solução correta após tomarmos todas as outras medidas incorretas.
Inegavelmente, há pontos convergentes quando se faz uma análise das Crises de 1929 e de 2008. A euforia nos investimentos a longo e médio prazo sem garantias sólidas de retorno e a especulação desenfreada são características comuns. Outro elemento convergente é a ação do Estado como bombeiro para apagar o fogo da quebradeira generalizada. Em 1929, o governo norte-americano, através do New Deal, inverteu a lógica capitalista da não intervenção do Estado na economia e adotou inúmeras medidas de impacto a fim de combater o desemprego e a falência generalizada que atingiram o país. Mais da metade da renda nacional dos EUA virou pó em pouco tempo. Havia um contingente de dez milhões de desempregados. Tudo isso exigia uma rápida intervenção do Estado, uma vez que o próprio mercado não seria capaz - em tempo hábil - de sair da Grande Depressão.
A crise atual, tal como a de 1929, necessitou da intervenção do (s) governo (s) que, numa ação rápida e inédita, não esperaram para adotar medidas para o combate à quebradeira geral. A novidade está na integração dos Bancos Centrais dos países mais ricos no aporte de recursos para a “estatização” de vários bancos que ficaram sem liquidez. Os demais países, tais como o Brasil, também foram atingidos, não por uma marolinha, como disse nosso presidente Lula, uma vez que tsunami não provoca marolinha. Algumas empresas nacionais perderam muito dinheiro, uma vez que investiram no dólar baixo. O Banco Central e o Ministério da Fazenda mantiveram a taxa de juros mais elevada e atuaram no mercado para evitar a alta do dólar. Tais medidas, no atual contexto, podem reduzir o impacto da crise financeira mundial no Brasil, mas não impedem que o país seja atingido por uma recessão que deverá provocar um crescimento muito pequeno do PIB. O Natal será um bom indicador da extensão da crise aqui em nosso País. Os sinais mais visíveis apontam para um período de Festas magras e distantes das previsões otimistas de alguns meses atrás. A elevação das taxas de juros e a alta do dólar prejudicam o crediário e encarecem produtos os mais diversos, desde uma bonequinha simples até um automóvel de luxo.
Retornando à análise comparativa e abordando convergências, observamos que, nas duas crises, a Bolsa de Valores foi o termômetro que assinalou a chegada da tsunami. Os investimentos e os investidores na Bolsa de Valores lidam com o futuro. Por isso, o nervosismo do mercado financeiro é automaticamente transferido para a Bolsa. Os investidores não querem ações de empresas com dificuldades ou que poderão enfrentar dificuldades. A queda na Bolsa significa o desinteresse na compra de ações e o interesse (às vezes desesperado) na venda, uma vez que os investidores querem se livrar dos papéis antes que as empresas virem poeira. Pronto! O nervosismo e o desespero tomam conta de todos e, numa ação de histeria coletiva dos investidores e do mercado, as ações despencam no abismo da recessão. No caso da ocorrência de incêndio num determinado lugar, se todos ficassem calmos e procurassem a saída de emergência, sem correrias e atropelos, a salvação seria possível para todos ou, pelo menos, para a maioria. No entanto, ocorre o contrário. O desespero atinge as pessoas e, no desespero, ninguém raciocina direito. Nem governo, nem investidores, nem empresas e nem a dona de casa.
Há diferenças entre as crises aqui abordadas. A Crise de 1929 teve como causa básica a superprodução que começou na economia dos Estados Unidos e que provocou a queda de preços, a falência generalizada de empresas agrícolas, industriais e de bancos, além do desemprego. Como havia a integração dos mercados no plano mundial, a crise norte-americana alastrou-se pelo mundo. No Brasil, o café, nosso principal produto de exportação, perdeu valor e mercado de consumo quase que imediatamente após a quebra de Wall Street.
A crise atual tem como causa básica a superprodução de crédito e não de mercadorias como aconteceu em 1929. Nos últimos anos, houve uma expansão extraordinária do crédito nos Estados Unidos, utilizado para financiar de um tudo, especialmente no setor imobiliário. O mercado criou uma bolha de prosperidade tão sólida como uma bolha de sabão. Diversos bancos perderam créditos e precisaram do socorro do governo. A liquidez – ou seja, a oferta de dinheiro – no mercado evaporou. Daí a injeção de bilhões e bilhões (dólares, euros, reais, etc.) nos bancos feita pelo Estado. A ação conjunta dos principais países do mundo: Estados Unidos, Comunidade Européia, Rússia, China e Japão, é um dado novo e explicado pela globalização da economia que transformou a crise norte-americana numa crise de todos que, contrariando o Lula, atravessou o Atlântico, o Pacífico, o Indico e todos os mares.
O presidente francês, marido da Carla Bruni, disse que o capitalismo precisará ser refundado para enfrentar o atual desastre econômico. Na verdade, acreditamos que o capitalismo é, desde sua origem, refundado permanentemente. As crises vêm e vão e, é claro, aprenderemos muito sobre a atual crise. E, como sempre, ficaremos absolutamente ignorantes a respeito da próxima.
Sem ironia, Feliz Natal e Próspero Ano Novo.

Newton Miranda.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Da República Populista à Nova República

A República Populista –1946/64

Prof. Newton Miranda

Eurico Gaspar Dutra 1946/51
Plano Salte.
Evasão de divisas – excesso de importações de supérfluos.
Alinhamento com os EUA (Guerra Fria) – fechamento do PCB e rompimento com a URSS.
Promulgação da Constituição de 1946 (democrática e liberal).
Repressão aos sindicatos.
Inauguração da TV Tupi

Getúlio Vargas 1951/54
Retorna ao poder através do voto (PTB).
Crise política – oposição no Congresso, Imprensa e UDN.
- a questão do salário mínimo.
- o nacionalismo econômico – criação da Petrobras (1953) – forte oposição dos EUA.
Plano Lafer.
- Atentado contra Carlos Lacerda
- Agravamento da crise política (“Mar de Lama”).
- Suicídio (24 agosto de 1954) – Carta Testamento. “Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue terá o preço do meu resgate. (...)Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.”
- Morto, Getúlio ficou mais vivo do que nunca.

Juscelino Kubitschek 1956/61
- Campanha eleitoral baseada no slogan “50 anos em 5” – modernização e progresso.
Crise na posse – tentativas golpistas da UDN e da Aeronáutica.
Plano de Metas (estradas, hidrelétricas, indústrias, Brasília, Sudene, etc.).
Abertura para o capital estrangeiro, elevação da dívida externa, inflação.
Aproximação com os EUA (Aliança para o Progresso – Kennedy).

Jânio Quadros 1961
- Campanha personalista e carismática (Vassoura) – combate à corrupção.
Vitória esmagadora nas urnas (5.671.528 votos).
Governo excêntrico
Política externa independente – aproximação com o Bloco socialista
(China, URSS, Cuba) ... Recebeu e condecorou Che Guevara.
Renuncia em agosto de 1961 – estratégia para aumentar seu poder?

João Goulart (Jango) – 1961/64
Crise na posse – solução parlamentarista (1961 a 1964).
Plebiscito em 1963 – retorno ao presidencialismo.
Plano Trienal.
13 de março de 1964 - Comício da Central do Brasil RJ – Jango apresenta o Decreto das Reformas de Base.
19 de março de 1964 - Reação da direita – Marcha da Família com Deus pela Liberdade (SP).
31 de março de 1964 - Golpe militar – amplo apoio entre os setores civis.
O Regime militar

Prof. Newton Miranda

1 – Os Atos Institucionais
01 – eleição indireta para presidente
02 – bipartidarismo – ARENA/MDB
03 – eleição indireta para governador
05 – poderes excepcionais para o presidente

2 – Censura e repressão

... Operação Condor (Brasil – Uruguai – Chile – Argentina – Paraguai) – repressão conjunta aos movimentos de oposição.
... institucionalização da tortura (DOI-CODI)
... consolidação da ideologia da Segurança Nacional
3 – A partir de 1967
setores da oposição partem para a luta armada contra o regime
(MR-8, VPR, VAR –Palmares, Carlos Marighella, Capitão Lamarca, Guerrilha do Araguaia, do Vale do Ribeira)

4 – O Milagre brasileiro
crescimento extraordinário da economia – concentração de renda (os mais pobres ficaram mais pobres – teoria do ” Bolo”.
Razões do milagre ... dívida externa, multinacionais, estatais, exportações, arrocho salarial.
1970 – vitória do Brasil na Copa do México – ufanismo do governo Médici – “ Pra Frente Brasil”
- A crise internacional provocada pela alta do preço do petróleo compromete o crescimento da economia nacional – Fim do Milagre.

5 – A Distensão e a Abertura (1974 ... 1985)
A crise facilita o crescimento do MDB as eleições tomam um caráter “plebiscitário”.
Geisel (1974/79) inicia a Distensão mas adota , também, medidas de exceção:
... Lei Falcão/76
... Pacote de Abril/77
... Fim da censura prévia
...Fim do AI 5
O caso Vladmir Herzog (1975).
Figueiredo assume com o compromisso de implantar a Abertura (1979/85):
... Anistia (?)
... Pluripartidarismo (?)
Fatos importantes:
- agravamento da crise econômica.
- 1982 – vitória das oposições nos Estados mais ricos – MG SP RJ
- 1981 – Atentado no Riocentro – exemplo da reação da extrema direita ao projeto da Abertura.
-1982/83 – Emenda Dante de Oliveira – Campanha das Diretas Já – Apesar do apoio popular, não houve votos para aprovação no Congresso.
- 1984 – Eleições presidenciais: vitória de Tancredo (PMDB – 480 votos).
A Nova República

Prof. Newton Miranda

Tancredo Neves não chega a tomar posse. Faleceu em 21 de abril de 1985.

SARNEY – 1985-90

Plano Cruzado – congelamento de preços e de salários; gatilho salarial, mudança da moeda (1986).
Promulgação da atual Constituição (1988).
Eleições diretas para presidente (1989) – 2º. Turno – Collor/Lula.

COLLOR – 1990-92

Plano Brasil Novo – bloqueio dos cruzados.
Integração do Brasil ao neoliberalismo – desindexação da economia, abertura para as importações.
Fora Collor(Caras Pintadas) – denúncias de corrupção – CPI.
Collor renuncia para evitar o impeachment (perdeu os direitos políticos por oito anos).

ITAMAR FRANCO – 1992-01/01/95

Privatização da CSN
Plebiscito – 1993 –presidencialismo – escolha popular.
Plano Real – 1994 – criação da âncora cambial (real/dólar).
O sucesso do plano garantiu a eleição de FHC – candidato apoiado por Itamar.

FFHH 1995/1999 (primeiro mandato)
1999/2003 (segundo mandato)

Único presidente reeleito
PROER – Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional.
Emendas constitucionais – quebra dos monopólios das estatais do petróleo, gás canalizado, navegação de cabotagem e telecomunicações – Flexibilização do monopólio da Petrobras.
Emenda da reeleição (1997).
A crise asiática leva o governo a flexibilizar a âncora cambial
Consolidação do processo de privatizações.
Reeleito com 53% dos votos (Lula – 31%).
2001 – crise energética – medidas para a contenção de energia.
Intensificação das ações do MST – invasões, marchas (em abril de 1996, ocorreu o massacre em Eldorado do Carajás-PA).
Final do governo – crescimento da inflação e especulação do capital financeiro internacional (volátil).

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA – 2003

Primeiro presidente de origem operária. LULA OU DUDA
- vitória do PT – Partido que congrega militantes da esquerda
- manutenção do programa econômico do governo anterior (viés neoliberal do governo Lula)
– Elevada taxa de juros, prioridade para o pagamento da dívida (juros), desemprego recorde, programas sociais sem eficácia –(Fome Zero).
- Reforma Agrária – ritmo lento (4/5 milhões de pessoas sem terra).
- O MST continua o processo de invasões- abril vermelho/2005.

Do PT da miséria à miséria do PT.

Pesquisas qualitativas têm indicado que a população ainda preserva Lula do mar de escândalos em que está mergulhado o seu governo. Lula faz, hoje, um esforço para “ despetizar-se”,
Aproveitando o espaço que lh tem facultado o sistema político – que, contra a lógica e a história, concede que ele possa ignorar o que se passa no PT - Até quando? Vários dramas estão sendo representados ao mesmo tempo.

Denúncias do dep. Roberto Jefferson dão origem a crise mais grave do governo Lula – envolvimento de membros do PT e do Governo na prática do mensalão e em corrupção.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Aula temática - China século XX - imagens




Aula temática - China - século XX


AULA TEMÁTICA
A CHINA NO SÉCULO XX
PROF. NEWTON MIRANDA



Introdução

Em 1911, o Kuomintang (KMT) - partido nacionalista liderado por Sun Yat-Sem proclamou a República após derrubar a dinastia Manchu. Em 1921, com o apoio soviético, foi criado o Partido Comunista Chinês (PCCh) que aliou-se aos nacionalistas para lutar contra o domínio das potências industrializadas.
Em 1927, o PCCh foi colocado na ilegalidade pelo novo líder chinês, Chiang Kai Chek. Em 1931, os comunistas criaram a República Soviética Chinesa no sudeste do país, que durou até 1934. Derrotados pelo Kuomintang, os comunistas retiraram-se para o Norte, durante a Longa Marcha, liderada por Mao Tse-Tung.
A invasão japonesa provocou nova aliança entre nacionalistas e comunistas que se estendeu até o fim da 2ª. Guerra Mundial.
Após a libertação da China (1945), comunistas e nacionalistas se enfrentaram numa violenta guerra civil vencida pelo PCCh. Em 1949, Mao proclamou a República Popular da China. O Kuomintang ficou restrito a Taiwan (China Nacionalista).
A implantação do socialismo foi caracterizada pela estatização e nacionalização da propriedade, instituição do regime de partido único e aproximação com a URSS. Entre 1953 e 1958,com apoio financeiro e tecnológico soviético, ocorreu o primeiro Plano Qüinqüenal que buscou acelerar a reforma agrária, a educação e a formação de cooperativas. Entre 1958 e 1960, Mao inaugurou o Grande Salto Adiante a fim de acelerar a coletivização no campo e a industrialização nas áreas urbanas. Desastrosa, a iniciativa provocou a morte de milhões de pessoas por causa da fome

Durante o governo de Nikita Krushev, a China afastou-se de Moscou e assumiu uma postura independente no bloco socialista.
Em 1950, o Tibet foi anexado e transformado em província chinesa. O líder tibetano (Dalai Lama – prêmio Nobel da Paz em 1989) foi para a Índia, onde lidera um governo do exílio. Os chineses são acusados de genocídio cultural.
Em 1966, o governo socialista iniciou a oficialização da cultura na chamada Revolução Cultural. Artistas, intelectuais, professores, antigos membros do PCCh e todos que não se enquadrassem nos valores impostos pelo regime, foram sistematicamente expurgados. O Livro Vermelho, de Mao, foi considerado como a base para a doutrinação do povo, especialmente, da juventude chinesa. O culto ao líder Mao Tse-Tung tornou-se uma das principais referências do regime.
Após a morte de Mao, em 1976, governo chinês adotou uma postura pragmática de aproximação com as potências capitalistas, especialmente os EUA. Gradativamente, a China introduziu reformas liberais, criando o “socialismo de mercado”. Propriedade privada, Bolsa de Valores, investimentos e produtos estrangeiros foram, aos poucos, aparecendo na rotina dos chineses. Entretanto, o regime de partido único permaneceu. O PCCh detém o controle absoluto e monolítico do regime. Liberdade de expressão, pluripartidarismo e democracia são conceitos praticamente desconhecidos pelo povo chinês.
Em 1989, milhares de pessoas participaram da Manifestação pela Liberdade na Praça da Paz Celestial, em Pequim, que foi reprimida violentamente pelo governo. Perestroika sim, glasnost não, dizia o Estado.
Hong Kong e Macau eram colônias da Inglaterra e de Portugal. Foram devolvidas à China em 1997 e 1999, respectivamente, e são consideradas como Regiões Administrativas Especiais. Possuem organização capitalista mas ficam num país socialista. Deng Xiaoping, falecido em 1997, o principal mentor das reformas econômicas liberalizantes do país, disse, a respeito da devolução de Hong Kong; “Um país, dois sistemas”, ou seja, o governo chinês aceitava a convivência dos sistemas capitalista e socialista num mesmo país.
Jiang Zemin assumiu a presidência em 1993 e governou a China até 2003. Foi o comandante das reformas após a morte de Deng Xiaping. Sob seu governo, a China ingressou na OMC (2002), importantíssimo passo para a integração a China à economia global.

Exercícios:

01 – Observe a charge seguinte.





A charge faz uma referência ao imperialismo. ANALISE as informações nela contidas.
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02 – “No auge da revolta, em agosto de 1900, tinham sido mortos mais de 230 estrangeiros e milhares de chineses cristãos. Para sufocar a rebelião, organizou-se um exército internacional colonialista, uma tropa composta de 20 mil soldados russos, americanos, britânicos, franceses, japoneses e alemães.”

A respeito do texto anterior, responda.

A – IDENTIFIQUE a rebelião mencionada no texto.
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B – CITE duas reivindicações dos rebeldes.
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C – DISCORRA acerca do contexto no qual ocorreu a rebelião mencionada no texto.
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D – APRESENTE uma conseqüência da rebelião mencionada no texto.
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03 – EXPLIQUE a aliança entre os partidos chineses KMT e o PCCh que, apesar de ideologicamente opostos, juntaram forças durante a Segunda Guerra Mundial.
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04 – Em 1955, ocorreu a Conferência de Bandung (Indonésia) que reuniu 29 países africanos e asiáticos, entre os quais a China.Entre as principais decisões, destacaram-se as seguintes:
1. Respeito aos direitos fundamentais, de acordo com a Carta da ONU
2. Respeito à soberania e integridade territorial de todas as nações.
3. Reconhecimento da igualdade de todas as raças e nações, grandes e pequenas.
4. Não-intervenção e não-ingerência nos assuntos internos de outro país. (Autodeterminação dos povos)
5. Respeito pelo direito de cada nação defender-se, individual e coletivamente, de acordo com a Carta da ONU
6. Recusa na participação dos preparativos da defesa coletiva destinada a servir aos interesses particulares das superpotências.
7. Abstenção de todo ato ou ameaça de agressão, ou do emprego da força, contra a integridade territorial ou a independência política de outro país.

Apesar de signatária das decisões de Bandung, a China atuou de forma contrária aos princípios acima aprovados.
ANALISE a afirmativa acima.
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05 – UFMG - 2008
Observe esta imagem:


Divulgada mundialmente, essa imagem retrata um momento marcante das manifestações que ocorreram na Praça da Paz Celestial, em Pequim, em junho de 1989.
Considerando-se essas informações e outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que essas manifestações foram

A) influenciadas por acontecimentos na URSS, onde o Governo Comunista havia sido derrubado como conseqüência dos protestos de milhares de estudantes e trabalhadores em todo o País.
B) promovidas por representantes de diversos setores da economia, contrários à abertura de mercado, que possibilitou a concorrência dos países capitalistas e a retração da produção industrial.
C) provocadas pela insatisfação de amplas parcelas da população com as medidas adotadas durante a Revolução Cultural, implementada pelo Governo Comunista com o objetivo de fortalecer o regime.
D) realizadas por estudantes, trabalhadores e intelectuais que exigiam reformas democráticas e combate à crescente corrupção de membros da burocracia governamental e do Partido Comunista.

06 – EXPLIQUE as expressões “socialismo de mercado” e “um país, dois sistemas”, utilizadas no cenário da China nos últimos anos do século XX.
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07 – Nos últimos anos, a China tem feito uma Perestroika sem glasnost. Dê dois exemplos que confirmem essa afirmativa.
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sábado, 4 de outubro de 2008

CEDI I INTENSIVO - 2008

CEDI I INTENSIVO - RESPOSTAS



Questões

13 -
a) A construção ficava em local de destaque, o edifício era de alvenaria (pedra) e, além disso, a igreja concentrava as atividades culturais da comunidade.

b) A educação feita pelos mosteiros, conventos e universidades controlados pela Igreja, além da repressão feita pela Inquisição.

15 –
a) A sociedade era estamental, ou seja, dividida em estamentos ou ordens que possuíam privilégios ou deveres. O clero e a nobreza, por exemplo, eram os segmentos sociais com privilégios, entre os quais o não pagamento de impostos.

b) A aristocracia agrária, ou a nobreza, poderia explorar o sobretrabalho dos camponeses por meio de uma série de tributos e obrigações à quais os camponeses eram subordinados.
Os camponeses eram subordinados, por exemplo, à corvéia, ou seja, o trabalho gratuito nas terras da nobreza.

16 –
1 – O trabalho livre tornou-se cada vez mais comum e a servidão entrou em declínio na Europa. No Novo Mundo, ao contrário, as formas de trabalho compulsório foram implantadas e praticadas de forma significativa nas colônias. Destacam-se a mita, a encomienda e a escravidão negra e indígena.

2 – A população urbana cresceu em função do incremento das atividades comerciais e manufatureiras. Além disso, a Expansão Marítima e Comercial européia promoveu a incorporação de novas terras aos domínios europeus,ou seja, ocorreu a europeização do mundo.

17 –
1 – Invenção da imprensa.

2 – O monopólio exercido pela Igreja na educação e na informação em geral foi comprometido, uma vez que a publicação de livros e a difusão do conhecimento foram significativamente ampliados.
Além disso, os valores renascentistas que exaltavam a razão e a ciência encontraram na imprensa um poderoso meio de divulgação.

18 –
1 – A mita era um tributo imposto aos nativos, cuja forma de pagamento mais comum era o trabalho feito, principalmente, nas minas de prata do México e do Peru.
A encomienda era outra forma de trabalho compulsório. A Coroa instituía um direito para que determinados espanhóis – encomienderos – pudessem explorar os nativos, desde que os indígenas fossem convertidos ao catolicismo.

2 – O autor afirma que a suposta proteção dada aos indígenas pela Coroa era uma ficção, uma vez que, na prática, ocorreu a exploração brutal das comunidades nativas americanas.


19 –
1 - As Colônias do Norte dedicavam-se ao comércio e ás manufaturas e possuíam uma agricultura diversificada. Além disso, recorriam ao trabalho livre que predominou nas diversas atividades econômicas ali realizadas.
As Colônias do Sul dedicaram-se, principalmente, à plantation, com o cultivo de tabaco e de algodão. O trabalho escravo foi o mais utilizado nessa atividade econômica.

2 – O calvinismo valoriza o trabalho e considera a prosperidade adquirida pelo trabalho como um sinal da salvação. Dessa forma, os colonos norte-americanos, cuja religião predominante era a calvinista, exaltaram o trabalho e a prosperidade, construindo as bases para a formação da maior potência do mundo capitalista.

20 –
1 – A afirmação do absolutismo e a criação de uma ética religiosa favorável à mentalidade burguesa.
2 – A autoridade supranacional do Papa representava um obstáculo à consolidação do absolutismo monárquico. A interferência papal nos negócios nacionais foi um importante motivo para a eclosão da Reforma, sendo que o melhor exemplo é a criação da Igreja Anglicana pelo rei inglês Henrique VIII.
A ética católica condenava a usura, fazia restrições ao lucro e defendia o justo preço. Tais posturas são contrárias à prática burguesa que, em geral, almeja a prosperidade, visa o o lucro em seus negócios e pratica a usura. Nesse caso, o surgimento da Igreja Calvinista e sua idealização da prosperidade como um elemento da salvação, foi um fator religioso que justificou a mentalidade capitalista em ascensão.

3 – A realização do Concílio de Trento e a intensificação das ações da Inguisição.


Se você tiver alguma dúvida, pode me procurar.
Um abraço,
Newton.