terça-feira, 6 de abril de 2010

SIMULADO ESPECIAL - EXTENSIVO - INTENSIVO

1º SIMULADO ESPECIAL – 2010
HISTÓRIA
PROF. NEWTON MIRANDA

01 - No Século XIII, os barões ingleses, contando com o apoio de alguns mercadores e religiosos, sublevaram-se contra as pesadas taxas e outros abusos. O rei João Sem Terra acabou aceitando as exigências dos vassalos sublevados e assinou a Magna Carta. Pode-se afirmar que o documento apresenta importante legado (herança) do Mundo Medieval porque
A - reafirmava o princípio do poder ilimitado dos monarcas para fixar novos tributos.
B - freou as lutas entre os cavaleiros e instituiu o Parlamento, subdividido em duas Câmaras.
C - assegurava antigas garantias a uma minoria privilegiada, mas veiculava princípios de liberdade política.
D - limitou as ambições políticas papais, mesmo tratando-se de um contrato feudal.
02 – Leia o texto com atenção.
"Neste tempo revoltaram-se os camponeses em Beauvoisin. Entre eles estava um homem muito sabedor e bem-falante, de bela figura e forma chamado Guilherme Carlos. Os camponeses fizeram-no seu chefe e estes lhes dizia que se mantivessem unidos. E quando os camponeses se viram em grande número, perseguiram e mataram os homens nobres. Inclusive muitas mulheres e crianças nobres, pelo que Guilherme Carlos lhes disse muitas vezes que se excediam demasiadamente; mas nem por isso deixaram de o fazer."
(Texto adaptado de Crônica dos quatros primeiros Valois (1327-1392) in ANTOLOGIA DE TEXTOS HISTÓRICOS MEDIEVAIS.)
Sobre as rebeliões acima indicadas, podemos afirmar que:
I – Foram denominadas jacquerie e fizeram parte da Retração Geral que atingiu a Europa no século XIV.
II – Acabaram com os privilégios da nobreza e enterraram o feudalismo que, na França, desapareceu no final do século XIV.
III – Estão inseridas num contexto de emergência da industrialização da Europa provocada pela acumulação primitiva de capitais.
Qual (is) a(s) afirmativa(s) correta(s)?
A – I, II e III
B - Somente I
C – I e III
D – Somente II
03 – Leia o texto.
"A idéia de 'bem comum', de 'utilidade comum', tão importante, por exemplo, em Aristóteles, foi aplicada à atividade dos mercadores pelos autores cristãos. Ligando esta idéia à do trabalho, São Tomás de Aquino (1225-1274) declarou: 'se alguém se entrega ao comércio tendo em vista a utilidade pública, se se quer que as coisas necessárias à existência não faltem ao reino, então o lucro, em lugar de ser visto como um fim, é somente reclamado como remuneração do trabalho'."
(J. Le Goff, MERCADORES E BANQUEIROS NA IDADE MÉDIA)
A partir do texto acima, podemos concluir que:
A – A Igreja Romana, no final da Idade Média, rejeitava toda e qualquer forma de lucro.
B – A religião cristã romana estabelecia que o lucro era uma forma terrível de pecado.
C – O revigoramento comercial e urbano alterou a postura da Igreja acerca do lucro.
D – S. Tomas de Aquino, na Baixa Idade Média, considerava a usura um pecado capital.
04 - "A data do ano mil e a célebre frase do monge Raul Glaber sobre a veste branca da Igreja com a qual se enfeita a cristandade assumem para muitos o valor de um símbolo: o de um reflorescimento após tempos difíceis e conturbados. De fato, as primeiras décadas do século XI vêem a afirmação de um amplo movimento, desigual e mais ou menos precoce certamente, que afeta todas as regiões do Ocidente e lhes dá, à custa de esforços obstinados empreendidos, em seguida, durante séculos, um novo equilíbrio econômico e humano."
(Jacques Heers. HISTÓRIA MEDIEVAL. Difel)
Caracterizam o reflorescimento que marcou a Europa a partir do século XI, EXCETO:
A – o surgimento de novas classes, entre as quais a burguesia.
B – o desaparecimento das corporações de ofício urbanas.
C – a formação de rotas comerciais terrestres e marítimas.
D – o desenvolvimento de técnicas agrícolas.
05 - "Em 1128, após o incêndio da cidade de Deutz o abade Rupert, teólogo apegado às tradições, logo viu nesse fato a cólera de Deus, castigando o local que se tornara centro de trocas e antro de infames mercadores e artífices."
(texto adaptado de J. Le Goff, A CIVILIZAÇÃO DO OCIDENTE MEDIEVAL)
O texto permite concluir que:
A – diversas cidades medievais, a partir da Baixa Idade Média, tornaram-se centros comerciais de grande importância.
B – o clero romano, em sua maioria, compactuava com os ideais dos mercadores e da burguesia, objetivando o aumento do dízimo.
C – o início da Baixa Idade Média foi caracterizado pela afirmação de um espírito laico, antroprocêntrico e humanista.
D – o homem medieval estava desligado da interpretação religiosa do cosmos, uma vez que a influência da Igreja romana encontrava-se em declínio.
06 - Apesar de não terem alcançado seu objetivo - reconquistar a Terra Santa -, as Cruzadas provocaram amplas repercussões, porque
A - favoreceram a formação de vários reinos cristãos no Oriente, o que permitiu maior estabilidade política na região.
B - consolidaram o feudalismo, em virtude da unificação dos vários reinos em torno de um objetivo comum.
C - facilitaram a superação das rivalidades nacionais graças à influência que a Igreja então exercia.
D - estimularam as relações comerciais do Oriente com o Ocidente, graças à abertura do Mediterrâneo aos europeus.
07 - "A fim de que meus escritos não pereçam juntamente com o autor, e este trabalho não seja destruído (...) deixo meu pergaminho para ser continuado, caso algum dos membros da raça de Adão possa sobreviver à morte e queira continuar o trabalho por mim iniciado."
O texto foi escrito por um monge irlandês do século XIV e desperta dúvidas num homem culto da época sobre a possibilidade de alguém sobreviver, certamente devido a:
A - Guerra de Reconquista
B - Peste Negra
C - Descobrimentos marítimos
D - Guerra dos Cem Anos
08 -
"O dinheiro, quando deve ser devolvido dentro de um prazo, proporciona nesse período um produto considerável e por vezes, priva a quem empresta, de tudo aquilo que traz a quem o toma emprestado."
O texto, escrito no início da Idade Moderna
A – defende a usura.
B – condena a usura.
C – condena o lucro.
D – faz parte da ética católica.
09 - "Não há um membro nem uma forma,
Que não cheire a putrefação.
Antes que a alma se liberte,
O coração que quer rebentar no peito
Ergue-se e dilata o peito
Que quase fica junto da espinha dorsal.
- A face é descorada e pálida.
E os olhos cerrados, na cabeça.
A fala perdeu-se,
Porque a língua está colada ao céu do boca.
O pulso bate e ele anseia.
Os ossos separam-se por todas as ligações
Não há um só tendão que não se estique e estale."
(Chastellain. LES PAS DE LA MORT. França, século XIV)
O poema anterior sinaliza a preocupação com a morte que se fez presente na mentalidade européia do século XIV. Para compreendermos o alcance dessa funesta inspiração, é preciso associar esse fenômeno ao fato de que
A - as primeiras navegações oceânicas, promovidas pelos europeus, vitimavam quantidades cada vez maiores de aventureiros.
B - a morte era apenas uma metáfora para representar a transição pela qual passava a sociedade e cuja ênfase estava na produção agrícola, daí a comparação com a fruta que apodrece para deitar sua semente na terra e novamente brotar com vida nova.
C - o movimento de investigação científica, que teria maior conseqüência durante o Renascimento, dava seus primeiros passos na direção dos estudos da anatomia humana.
D - a mentalidade religiosa, que concebia a vida apenas como provação em busca da salvação eterna, encontrava terreno fértil numa sociedade que era assolada por epidemias e guerras.
10 - Contrariando a idéia de que o período medieval foi uma época de obscurantismo, houve então rica produção cultural, pela qual se pode conhecer os valores do homem medieval, que colocava Deus como centro de todas as coisas.
A partir do texto acima e tendo em vista outros conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar que
A – o Renascimento contribuiu para a idéia de que a Idade Média foi um período de retrocesso.
B – as Universidades surgiram na fase da Alta Idade Média, o que confirma as informações do texto acima.
C – o fanatismo religioso não criou barreiras para a expansão das idéias renascentistas.
D – na esfera cultural, a Igreja Romana não instituiu impedimentos para o desenvolvimento do humanismo.
11 - Inúmeros escritores e poetas portugueses retrataram o imaginário que acompanhou o homem ibérico na sua aventura pelos mares nunca dantes navegados. Temores e fantasias não o impediram de se lançar às águas do mar Oceano, arriscando-se em busca, principalmente, de
A - novos caminhos para o Oriente, novos mercados, metais preciosos e propagar a fé cristã.
B - escravos africanos, cana-de-açúcar, metais preciosos e catequizar os indígenas.
C - escravos e ouro, desvendar os segredos dos mares e descobrir correntes marítimas desconhecidas.
D - ouro e marfim, expandir o protestantismo e romper o monopólio árabe-veneziano no Mediterrâneo.
E - pau-brasil, testar os novos conhecimentos náuticos e conhecer novas rotas.
12 - "As aldeias de índios estão forçadas a entregar certa quantidade de seus membros aptos para realizar trabalhos (...), durante um prazo determinado. Esses índios são compensados com certa quantidade de dinheiro e destinados aos mais variados tipos de serviços."
Esse trecho apresenta as condições de trabalho compulsório dos
A - diversos grupos indígenas das áreas colonizadas por espanhóis e portugueses.
B - grupos indígenas das áreas espanholas submetidos à instituição da "mita".
C - grupos indígenas das áreas portuguesas submetidas às regras da "guerra justa".
D - grupos indígenas das áreas agrícolas de colonização espanhola submetidos ao regime de "encomienda".
E - dos grupos indígenas das áreas portuguesas e espanholas originários das "missões" dos jesuítas.
13 - Remonta ao Século XVI a mensagem religiosa associado à idéia de que "no mundo comercial e da concorrência, o êxito ou a bancarrota não dependem da atividade ou da aptidão do indivíduo, mas de circunstâncias independentes dele"
(Friedrich Engels - DO SOCIALISMO UTÓPICO AO SOCIALISMO CIENTÍFICO).
Assinale o nome do movimento protestante que pregava a salvação da alma e apresentava princípios básicos apoiados na prática econômica da burguesia nascente.
A - Luteranismo.
B - Medievalismo.
C - Escolástica
D - Calvinismo.
E - Judaísmo.
14 - A transição gradativa do Mundo Medieval para o Mundo Moderno dependeu da conjugação de inúmeros fatores, europeus e extra-europeus, que ganharam dimensões e características novas. A inserção do Mundo não-europeu no contexto do colonialismo mercantilista, inaugurado pelos grandes descobrimentos, contribuiu para:
A - a aceitação, sem resistência, da tutela cultural que o europeu pretendeu exercer sobre os povos da África e da Ásia.
B - acarretar profunda contenção na expansão civilizatória do Mundo Pré-Colombiano.
C - o indígena demonstrar sua inadaptabilidade racial para o trabalho.
D - que o tráfico negreiro, operação comercial rentável, fosse determinado pela apatia e preguiça do ameríndio.
E - a montagem de modelo político-administrativo caracterizado pela não intervenção do Estado Absoluto na vida das colônias.

15 - As relações comerciais entre a Espanha e suas colônias, até a primeira metade do século XVIII, se caracterizaram por um
A - sistema de portos únicos, responsáveis por todas as transações comerciais legais.
B - pacto colonial igual àquele que se desenvolvia entre o Brasil e sua metrópole.
C - sistema de liberdade de comércio, sem qualquer controle metropolitano.
D - sistema de comércio livre triangular, envolvendo a Espanha, a América e a África.
E - sistema que concedia privilégios aos comerciantes da região do Prata.

16 - Os guerreiros constituíam um dos grupos mais importantes na sociedade asteca. No início, eram escolhidos entre os indivíduos mais corajosos e valentes do povo. Com o tempo, entretanto, a função de guerreiro começou a ser passada de pai para filho, e apenas algumas famílias, privilegiadas, mantiveram o direito de ter guerreiros entre os seus membros.
KARNAL, Leandro. A conquista do México. São Paulo: FTD, 1996. p. 13.
O texto faz referência à sociedade asteca, no século XV, a qual era
A - guerreira e sacerdotal, formada de uma elite política que governava com tirania a massa de trabalhadores escravos negros.
B - igualitária e guerreira, não reconhecendo outra autoridade senão a sacerdotal, que também era guerreira.
C - comunal, com estruturas complexas, sendo dirigida por um Estado que contava com um aparelho administrativo, judiciário e militar.
D - hierarquizada e guerreira, visto que o Imperador era, ao mesmo tempo, o general do exército asteca e o sumo pontífice sacerdotal.
E - igualitária, guerreira e sacerdotal: todo guerreiro era um sacerdote e todo sacerdote era um guerreiro.

Um comentário:

Rosania disse...

Que bonito!!!Continue... as "Coisas " estão cada vez melhores.
Abraço histórico