SUGESTÃO DE RESPOSTAS – FJP – 2009
PROF. NEWTON MIRANDA
01 –
1 – A implantação da República, após a derrubada da monarquia, instituiu o federalismo, ou seja, deu às antigas províncias, denominadas de estados, maior autonomia em relação ao poder central. Entretanto, a evolução da República tem sido marcada pela excessiva centralização do poder federal em detrimento das unidades da federação (estados). Por diversas vezes, o executivo federal hipertrofiou suas atribuições por meios legais ou golpistas e submeteu os estados e os partidos políticos aos interesses gerais do governo federal.
2 – O cenário político atual é caracterizado pelo governo de um presidente cada vez mais apartidário e carismático que, a despeito das crises e dos escândalos que envolveram o PT e seus correligionários mais próximos, teve sua popularidade em crescimento constante. Esse viés populista, encontrado no governo Lula, tem suas raízes na experiência dos governos de Vargas, na qual o líder buscava identificar-se com as aspirações nacionais e com as demandas do povo, especialmente dos mais pobres.
3 – O governo federal, a fim de conseguir apoio no Congresso, faz inúmeros acordos com diversos segmentos e partidos políticos de várias tendências, fato que muitas vezes inviabiliza ações mais efetivas do governo na solução de problemas nacionais, tais como as reformas agrária e tributária.
Outro desdobramento desse quadro é a excessiva adoção de medidas provisórias que reduzem as atribuições do poder Legislativo
02 –
1 – O aparecimento de lideranças com forte discurso popular que ganhou adesão entre os mais pobres e os indígenas, além da afirmação de uma postura nacionalista e avessa ao imperialismo dos EUA,
2 – A implantação de modelos populistas, entre os anos de 1930 e 1960, além da instituição de regimes militares, entre as décadas de 1960 e 1980.
3 – O surgimento de regimes de esquerda, tais como os governos de Hugo Chavez e Evo Morales, na Venezuela e na Bolívia, respectivamente, tem provocado uma onda de oposição à política dos Estados Unidos na América Latina. O discurso nacionalista, acompanhado de medidas de cunho estatizante, poderá provocar um isolamento desses governos não só em relação às demais nações, mas em relação aos investimentos que, num quadro avesso, tendem a deixar esses países. Num contexto no qual os conflitos ideológicos entre esquerda e direita fazem parte do passado, retornar aos mesmos representa um retorno às questões que não mais interessam ao povo em geral. Vale registrar que, em nome da necessidade de reformas e medidas, esses governos tem buscado a sua eternização no poder, por meio de reeleições indefinidas, o que compromete a democracia e estimula os radicalismos.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
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